Apagão Aéreo
Por JOSÉ RUBENS ABRÃO
É lamentável o que vem acontecendo no setor aéreo brasileiro nos últimos meses, com incríveis e gritantes falhas dos órgãos competentes deste setor, Ministério da Defesa, Aeronáutica, Infraero e a Agência Reguladora do setor aéreo a Anac, sempre em prejuízo do usuário e consumidor deste país.
Em qualquer país sério, cabeças já teriam rolado, pois chega-se a conclusão que a causa do caos aéreo é a ineficiência, o amadorismo e a incompetência que impera no setor, devido a má gestão dos atuais administradores de cada órgão mencionado. Com certeza houveram negligências, aliada à falta de melhorias em infra-estrutura aeroportuária, ocorrendo em efeito cascata diversos problemas no setor aéreo, amplamente divulgados pela imprensa nacional e internacional
O Ministério da Defesa, nos últimos anos, falhou em aceitar o contingenciamento de recursos de seu orçamento, pois deveria ter alertado os Ministérios do Planejamento e da Fazenda dos problemas que estariam por vir, como a necessidade de motivar os controladores de vôo, com salários dignos e condizentes com a sua função, além da falta de um controle austero junto aos órgãos subordinados ao seu Ministério, à Aeronáutica, Infraero e Anac
A Infraero, que tem a função de administrar os aeroportos, seja em terra ou no ar, através das torres de controle dos principais aeroportos, deixou muito a desejar com o total descontrole administrativo, não gerindo de forma correta a parte humana deste processo, causando total desconforto aos usuários em seus aeroportos, gerando intermináveis filas de espera até o processo final. A Infraero que é totalmente auto suficiente em termos de recursos, pois arrecada milhões de reais em taxa de embarque e tarifa de pousos e decolagens das aeronaves, além de taxas ao auxílio à navegação aérea, pecou em não investir na infra-estrutura aeroportuária, como melhorias nas pistas de pouso em dias de chuva e em não dotar os aeroportos com materiais de ponta e a aquisição de aparelhos sobressalentes ou peças de fáceis reposição em seus equipamentos de proteção ao vôo em caso de pane, como o ILS, preferindo contar com a sorte, através do “bom tempo”, esquecendo a constante neblina que ocorre no Aeroporto de Guarulhos, só para citar um exemplo, da qual presenciamos nos noticiários da semana passada.
A Agencia Nacional de Aviação Civil, Anac, também tem a sua parcela de culpa, mesmo sucedendo o DAC em um curto espaço de tempo, pois deveria ter gerenciado a crise de forma rápida, seja através do controle e fiscalização junto as companhias aéreas,que também tem a sua parcela de culpa, pois se aproveitou da crise, cancelando vôos deficitários ou vendendo passagens acima do nº de assentos disponíveis, o overbooking, além de uma cobrança rígida à Infraero, nas falhas acima citadas.
Não podemos criar descaso com os usuários do transporte aéreo, principalmente em um momento de crescimento no setor, na qual o Comando da Aeronáutica tem que agir com seriedade na justa reivindicação dos controladores de vôo, que pleiteiam um plano de cargos e salários, pois através dos Cindactas, eles controlam aeronaves com milhões de vidas humanas.
José Rubens Abrão é empresário e foi superintendente do Aeroporto de Maringá
É lamentável o que vem acontecendo no setor aéreo brasileiro nos últimos meses, com incríveis e gritantes falhas dos órgãos competentes deste setor, Ministério da Defesa, Aeronáutica, Infraero e a Agência Reguladora do setor aéreo a Anac, sempre em prejuízo do usuário e consumidor deste país.
Em qualquer país sério, cabeças já teriam rolado, pois chega-se a conclusão que a causa do caos aéreo é a ineficiência, o amadorismo e a incompetência que impera no setor, devido a má gestão dos atuais administradores de cada órgão mencionado. Com certeza houveram negligências, aliada à falta de melhorias em infra-estrutura aeroportuária, ocorrendo em efeito cascata diversos problemas no setor aéreo, amplamente divulgados pela imprensa nacional e internacional
O Ministério da Defesa, nos últimos anos, falhou em aceitar o contingenciamento de recursos de seu orçamento, pois deveria ter alertado os Ministérios do Planejamento e da Fazenda dos problemas que estariam por vir, como a necessidade de motivar os controladores de vôo, com salários dignos e condizentes com a sua função, além da falta de um controle austero junto aos órgãos subordinados ao seu Ministério, à Aeronáutica, Infraero e Anac
A Infraero, que tem a função de administrar os aeroportos, seja em terra ou no ar, através das torres de controle dos principais aeroportos, deixou muito a desejar com o total descontrole administrativo, não gerindo de forma correta a parte humana deste processo, causando total desconforto aos usuários em seus aeroportos, gerando intermináveis filas de espera até o processo final. A Infraero que é totalmente auto suficiente em termos de recursos, pois arrecada milhões de reais em taxa de embarque e tarifa de pousos e decolagens das aeronaves, além de taxas ao auxílio à navegação aérea, pecou em não investir na infra-estrutura aeroportuária, como melhorias nas pistas de pouso em dias de chuva e em não dotar os aeroportos com materiais de ponta e a aquisição de aparelhos sobressalentes ou peças de fáceis reposição em seus equipamentos de proteção ao vôo em caso de pane, como o ILS, preferindo contar com a sorte, através do “bom tempo”, esquecendo a constante neblina que ocorre no Aeroporto de Guarulhos, só para citar um exemplo, da qual presenciamos nos noticiários da semana passada.
A Agencia Nacional de Aviação Civil, Anac, também tem a sua parcela de culpa, mesmo sucedendo o DAC em um curto espaço de tempo, pois deveria ter gerenciado a crise de forma rápida, seja através do controle e fiscalização junto as companhias aéreas,que também tem a sua parcela de culpa, pois se aproveitou da crise, cancelando vôos deficitários ou vendendo passagens acima do nº de assentos disponíveis, o overbooking, além de uma cobrança rígida à Infraero, nas falhas acima citadas.
Não podemos criar descaso com os usuários do transporte aéreo, principalmente em um momento de crescimento no setor, na qual o Comando da Aeronáutica tem que agir com seriedade na justa reivindicação dos controladores de vôo, que pleiteiam um plano de cargos e salários, pois através dos Cindactas, eles controlam aeronaves com milhões de vidas humanas.
José Rubens Abrão é empresário e foi superintendente do Aeroporto de Maringá
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