Quem nos impede de sonhar?
Por MARIA NEWNUM
Meus amigos! Não é jornada que me cansa. É alguma coisa que me obriga a andar ainda sabendo, de antemão, que a jornada está finda. Sonho verde de quem, não tendo onde dormir, não deve mais sonhar; no entanto, sonha ainda. - Cassiano Ricardo 1895-1974 - Poeta brasileiro - Em Só Deus por Testemunha, do livro Martim Cererê.
Esse desabafo do poeta tem um “quê” de nós. É um auto-retrato de nossas vivências nas diversas esferas da vida. Pensemos em nosso trabalho! Nossa igreja! Nossos relacionamentos familiares, amorosos e conjugais!?
Vez por outra, em certa altura da vida somos tragados, literalmente, por “recados” que nos mandam parar de lutar, viver e sonhar...
Sair desse poço de areia movediça requer esforço supra-humano aos nossos corpos e mentes fragilizados por sofrimentos e desilusões profundas que atingem a alma. São situações que nos encolhemos na posição fetal, esperando o aconchego materno, que nem sempre chega.
A vida é cruel e o poeta no seu “grito” bravo, sintetiza a manobra perversa dos que querem, não somente enterrar nossos sonhos, mas também nossas perspectivas de vida.
Não é a jornada da vida que mais cansa e sim o jogo desleal e cruel dos que querem nos paralisar; escondidos no “poder” que julgam deter sobre nós, seja por arrogância, seja porque nós, indivíduos “mansos”; qual cordeirinhos, lhes conferimos sobre nossa vida e sonhos. Certos indivíduos, instituições religiosas e seculares, tomam para si o “poder” de anestesiar nossos cérebros. Com certa freqüência assumimos a condição de “ovelhas mansas e burras”, prontas para o abate; sem choro...
Mas o poeta desafia ao sonho verde; quiçá colorido como o Arco Iris, de quem, embora nem tenha onde refestelar a cabeça, ainda dorme o sono dos justos e sonha...
Mesmo que nos tirem tudo, ainda restará nossa capacidade de sonhar. E o que é o sonho? “É a certeza do já, mais ainda não”, ou seja, é a certeza do futuro certo, que somente nós, como indivíduos autônomos, desenharemos e faremos acontecer.
Ninguém, em nenhum tempo e lugar impedirá o triunfo das pessoas que sonham.
Mesmo sabendo que a jornada é finda, sonhe com todo vigor de sua alma.
Dias melhores virão. Na verdade, eles começam agora! Só depende de você e de seus sonhos.
Sonhe e deixe sonhar...
________
* Maria Newnum é pedagoga, mestre em teologia prática, vice-presidente do Movimento Ecumênico de Maringá.
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Meus amigos! Não é jornada que me cansa. É alguma coisa que me obriga a andar ainda sabendo, de antemão, que a jornada está finda. Sonho verde de quem, não tendo onde dormir, não deve mais sonhar; no entanto, sonha ainda. - Cassiano Ricardo 1895-1974 - Poeta brasileiro - Em Só Deus por Testemunha, do livro Martim Cererê.
Esse desabafo do poeta tem um “quê” de nós. É um auto-retrato de nossas vivências nas diversas esferas da vida. Pensemos em nosso trabalho! Nossa igreja! Nossos relacionamentos familiares, amorosos e conjugais!?
Vez por outra, em certa altura da vida somos tragados, literalmente, por “recados” que nos mandam parar de lutar, viver e sonhar...
Sair desse poço de areia movediça requer esforço supra-humano aos nossos corpos e mentes fragilizados por sofrimentos e desilusões profundas que atingem a alma. São situações que nos encolhemos na posição fetal, esperando o aconchego materno, que nem sempre chega.
A vida é cruel e o poeta no seu “grito” bravo, sintetiza a manobra perversa dos que querem, não somente enterrar nossos sonhos, mas também nossas perspectivas de vida.
Não é a jornada da vida que mais cansa e sim o jogo desleal e cruel dos que querem nos paralisar; escondidos no “poder” que julgam deter sobre nós, seja por arrogância, seja porque nós, indivíduos “mansos”; qual cordeirinhos, lhes conferimos sobre nossa vida e sonhos. Certos indivíduos, instituições religiosas e seculares, tomam para si o “poder” de anestesiar nossos cérebros. Com certa freqüência assumimos a condição de “ovelhas mansas e burras”, prontas para o abate; sem choro...
Mas o poeta desafia ao sonho verde; quiçá colorido como o Arco Iris, de quem, embora nem tenha onde refestelar a cabeça, ainda dorme o sono dos justos e sonha...
Mesmo que nos tirem tudo, ainda restará nossa capacidade de sonhar. E o que é o sonho? “É a certeza do já, mais ainda não”, ou seja, é a certeza do futuro certo, que somente nós, como indivíduos autônomos, desenharemos e faremos acontecer.
Ninguém, em nenhum tempo e lugar impedirá o triunfo das pessoas que sonham.
Mesmo sabendo que a jornada é finda, sonhe com todo vigor de sua alma.
Dias melhores virão. Na verdade, eles começam agora! Só depende de você e de seus sonhos.
Sonhe e deixe sonhar...
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* Maria Newnum é pedagoga, mestre em teologia prática, vice-presidente do Movimento Ecumênico de Maringá.
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