7.5.07

Coluna do Francês (domingo)

Patrões x empregados
O prefeito Silvio Barros está no fogo cruzado de uma disputa por meio dia -
tarde de 10 de maio - de trabalho ou de folga, entre comerciantes e
comerciários. Os patrões pediram, ele mandou projeto à Câmara Municipal e o
Sindicato dos Comerciários, que não previu a manobra patronal, agora agride o
prefeito como se ele tivesse gerado o problema.

Contaminação
A questão indesejada que não é tão importante, porque todos um dia ou outro,
feriado ou não, trabalhamos à mais ou a menos, passa inclusive pela Câmara
Municipal, que na próxima terça-feira deverá ser pressionada por sindicalistas
e comerciários.

Coerentemente folgados
Interessante observar que parte das pessoas que defende o dia inteiro de folga
age com coerência. São aqueles mesmos que defendiam a Prefeitura funcionando
apenas à tarde durante a administração municipal anterior, do glorioso PT do
presidente Lula.

Investida
Por conta da questão que acaba sendo transformada em aríete político, o
Sindicato dos Empregados no Comércio de Maringá publicou comunicado, ontem, no
Jornal do Povo. Nele, diz que os comerciários não foram consultados sobre a
transformação do feriado em meio feriado.

Excedendo
Diz ainda, pecando pelo excesso, que “tal atitude leva em conta unicamente o
interesse econômico de patrões ávidos pelo lucro”; e ainda “que a iniciativa do
prefeito causa flagrantes prejuízos a todos os trabalhadores da iniciativa
privada”.

Enganando o freguês
A propósito do assunto comércio, muitos lojistas da cidade estão vivendo de
produtos ilegais que lesam os cofres públicos. Além das feiras que possibilitam
que os grandes descarreguem suas sobras, os outros estabelecimentos sofrem a
concorrência desleal de mercadorias contrabandeadas vendidas sob o nariz da
fiscalização.

Procom
É de se observar que a defesa do consumidor parece não se importar que maus
comerciantes vendem até em estabelecimentos no centro da cidade, uma grande
variedade de produtos visivelmente contrabandeados e falsificados. De CD´s,
DVD´s a eletroeletrônicos e roupas e tênis de grifes famosas como Nike, Puma,
Adidas e outras.

Lesado
Quando um comprador descobrir que comprou em loja um tênis, camiseta, agasalho,
eletroeletrônico de marca e descobrir que é falso, pode e deve reclamar no
Procom? O órgão de defesa do consumidor deveria fazer um cartaz contra produtos
falsificados para afixar nas lojas.

Poluição
Outro problema sério no comércio local, central, é a poluição na calçada. Uns a
enchem de mercadorias dificultando o tráfego de pedestres, outros de papel
picado que suja as vias públicas já que não o varrem no final do expediente.

Barulho
Pior ainda os lojistas que estão colocando locutores e caixas de som fora das
lojas. Com certeza o volume está acima do permitido por lei e aí caberia
fiscalização da Secretaria do Meio Ambiente. Na Ótica Focal (Brasil quase
esquina com Getúlio Vargas), por exemplo, dia destes era difícil conversar com
vendedoras porque o vizinho estava exagerando nas caixas de som.

Impossível
Mandaram uma pesquisa sobre expectativa de comerciantes com relação às vendas no
Dia das Mães. Tenho dificuldade em acreditar nela a partir da informação de que
quase 70% dos comerciantes investiram em publicidade para o Dia das Mães. A
pesquisa só abordou os grandes?

Expoingá
Começará na quinta-feira, com ingresso gratuito, apenas um quilo de alimento
para o Provopar, a maior feira agropecuária, comercial e industrial da região.
O presidente da SRM, Joaquim Romero Fontes, garante que será uma grande festa,
coroando os 60 anos de Maringá.

Rodeio
Já nos primeiros dias, até domingo, a arena coberta do Parque de Exposições vai
tremer com o melhor rodeio do Brasil. A Tropa Paulo Emílio, aquela da novela
global, traz os touros mais ferozes e os peões mais corajosos da América do
Sul, na eterna disputa entre a força bruta e habilidade.

Há controvérsias
Como sempre acontece, haverá manifestação de entidade que prega o fim dos
rodeios, por considerar que maltrata os touros. A resposta do outro lado é que
os touros de rodeio não são maltratados.

Pular e viver
Os touros de rodeio são apenas irritados para pular, depois são aposentados e
vão para o pasto onde vivem mais de 15 anos. “Trabalham” com certeza menos de 5
minutos a cada mês. Enquanto isso os demais touros, com exceção de alguns
reprodutores, vão para o abate antes de completar 3, 4 anos.

Aproveitadores
O pátio do Hospital Municipal de Maringá está sempre cheio de bons carros,
inclusive novos e de outros municípios, propriedade de pessoas que ali
comparecem para receber consultas e tratamentos médicos gratuitos.

Quem paga
Essas pessoas prejudicam o atendimento das pessoas realmente pobres que
necessitam dos serviços médicos gratuitos. Prejudicam também os maringaenses
que, com seus tributos, bancam o hospital.

Saco sem fundo
Segundo o médico José Carlos Amador, superintendente do HU - Hospital
Universitário -, o Hospital Municipal é um saco sem fundo: “Quanto mais o
prefeito investir ali, mais afundará a Prefeitura”.

Vereadores
Amador declarou isso após palestra aos vereadores, onde compareceu convocado
pela Câmara e por requerimento da vereadora Márcia Socreppa. Disse de público
que a situação no HU é tão terrível que no ano passado morreram um médico e
dois atendentes. Entre as causas das mortes o estresse profissional foi
preponderante.

Deplorável
O medico disse que é terrível ver um doente permanecer até 55 dias “internado”
sobre uma maca e não poder fazer nada. Mais terrível ainda é verificar que às
vezes o HU tem mais gente em macas do que nas camas disponíveis.

Polícia
Indagado por vereadores sobre os problemas do hospital regional, externou que é
difícil ver um hospital daquele porte e importância aparecer mais nas páginas
policiais que nas de ciência, bons fatos, etc.

Necessidade
O superintendente pediu apoio dos vereadores, no momento não para uma impossível
ampliação, mas para a complementação das instalações do hospital que tem muitas
qualidades, dentre elas as três melhores UTIs da região.

Dificuldades
O HU foi projetado para 300 leitos e tem apenas 89, sendo na verdade um grande
hospital apenas no papel, projetado para atender região de mais de um milhão de
pessoas. O presidente John Alves Corrêa colocou a Câmara Municipal e os
vereadores à disposição para levar ao Governo do Estado e outras forças
políticas, todas as reivindicações e necessidades do HU.

Elogio
Falando sobre estruturas quase paralelas do HM e do HU, o que implica em
duplicidade e gastos desnecessários no setor tão carente, Amador fez questão de
ressaltar a qualidade do secretário de Saúde de Maringá: “O Nardi é o melhor
secretário de Saúde do Estado. Tenho dó do Nardi”.