8.5.07

Coluna do Ronaldo Nezo (domingo)

Moto-táxi
O Hoje Maringá já tratou do assunto, mas vale voltar a ele. Estou falando do serviço de moto-táxi que se espalhou pela cidade. Esse pessoal está cada vez mais abusado. Anos atrás, essas “empresas” escondiam-se atrás de fachadas e agiam como se exercessem qualquer outra atividade, menos essa. Nos últimos anos, organizaram-se e hoje atuam como se fossem regulares – com CNPJ e tudo mais que a lei prevê. Possuem inclusive coletes identificadores, com nome da “empresa”, telefone para contatos etc.

Olhos fechados
A administração pública de Maringá precisa tratar do assunto. Não dá mais para ignorar. O vereador Odair Fogueteiro quer regularizar o serviço. Não sei se esta é a saída - a legislação nacional não recebe bem a idéia de transportar passageiros em motocicletas. Entretanto, é preciso fazer alguma coisa.

Regularização
Embora veja a questão com reservas, regularizar o serviço tem uma vantagem: estabelecer a legalidade. Isso permitiria a cobrança de impostos. Esse pessoal está trabalhando de forma ilegal e, quando cai, machuca-se geralmente é encaminhado para os hospitais públicos - logo, quem paga pela assistência médica é o contribuinte.

Inserção social
A legalização permitiria que os mototaxistas tivessem os mesmos direitos e deveres de outros cidadãos. É justo que paguem impostos. É justo, se estão dispostos a prestar um serviço à população, que sejam cobrados pelo que fazem – inclusive, do ponto de vista da qualidade.

Desconhecidos
O fato de a atividade ser mantida ilegal, debaixo dos olhos de nossas autoridades, tem mais um aspecto negativo. Ninguém conhece quem são esses motociclistas. Ninguém sabe ao certo quem cobrar, caso tenha algum tipo de problema ao fazer uso desse tipo de transporte. Por isso, volto a dizer: o governo municipal não pode fingir que nada está acontecendo.

Dengue
Já estão confirmados 1.405 casos de dengue em Maringá. Esses números são os últimos recebidos pela Secretaria de Saúde, mas não representam a totalidade de maringaenses que contraiu a doença.

Atrasos
Segundo o secretário Antonio Carlos Nardi, em função da quantidade de exames para confirmação de dengue, não é possível obter os resultados em curto prazo. O laboratório da UEM não dá conta da demanda. Na prática, esses casos confirmados se referem aos pacientes que estavam com a doença há 15 ou 20 dias.

Trânsito
Nesta última semana comentei no blog Repiquete sobre o número de mortes no trânsito de Maringá. Até o fechamento desta coluna, já tinham sido 25 ocorrências. Levando-se em conta que estamos no início de maio, é possível fazer um cálculo simples: se foram 25 mortes no primeiro quadrimestre, Maringá pode chegar a pelo menos 75 ao final deste ano.

Meta
Lembro que o especialista em Trânsito, Luís Riogi Miura, tinha um projeto bem definido: chegar ao final da gestão Silvio Barros com metade dos óbitos registrados no último ano da administração petista. Ou seja, teríamos o registro de aproximadamente 40 mortes/ano. Com a saída de Miura do departamento de Trânsito, o projeto perdeu em eficiência e pessoas continuam perdendo a vida com muita freqüência.

Nepotismo
A Câmara Municipal de Curitiba exonerou 18 funcionários. Todos eram parentes de vereadores. A demissão atendeu uma solicitação do Ministério Público. A presidência da casa, embora argumente que nepotismo não é ilegal, aproveitou a chance para melhorar a imagem do Legislativo junto à população.

Nepotismo II
Em Maringá, aconteceu uma situação semelhante. O MP também pediu a exoneração de parentes de vereadores. Entretanto, diferente da Câmara de Curitiba, os parlamentares de nossa cidade optaram por manter os parentes no emprego e recorrer da ação proposta pelo Ministério Público.

Música
Inaugura neste domingo um moderno centro musical. Às 19h, começa a festa de lançamento. Um espetáculo de qualidade será apresentado para marcar a chegada da nova empresa cultural. O local, que no passado serviu a uma operadora de planos de saúde na esquina das avenidas Paraná e Tiradentes, vai receber mais que uma escola de música. Haverá espaço para um ateliê de pinturas, esculturas, ginástica, dança, estética, fonoaudiologia, psicologia, psicopedagogia e até um ciber café.