25.6.07

Direito de responder

Por ENÉIAS RAMOS DE OLIVEIRA

Apesar das avaliações sobre as eleições do Sinteemar já estarem quase esgotadas, sinto-me no dever de tecer alguns esclarecimentos para os mais novos de UEM e que por ventura ficaram chocados com os últimos boletins de campanha. É claro que, a nosso ver, os boletins não mudaram o rumo dos votos, pois o nível de politização existente na UEM, não nos permite sequer supor, que alguém tenha se deixado influenciar pelo teor dos boletins.
No último boletim usando o falso argumento da resposta, a chapa um atacou veementemente a minha pessoa, saindo do nível político e caindo espalhafatosamente no nível pessoal, imputando a mim tantas coisas que, não sei como não chegou a dizer que o processo contra desvio de dinheiro público, era meu. Então vamos aos esclarecimentos em relação aos trechos abaixo.
1º trecho - “Porém, quem tem memória não se esquece do ato irresponsável do candidato a presidente da chapa 3, que foi notícia nacional, quando jogou ovos no governador do Estado em inauguração de um prédio do HUM”. As negociações com o Estado foram imediatamente interrompidas, sendo o dito candidato afastado de todo o processo de negociações, mesmo sendo diretor do sindicato.
Esse ato trouxe grandes transtornos para toda a categoria. Por vários anos não houve mais negociações com o Estado. “Foi uma época muito difícil, em que não se conseguia falar nem mesmo com Secretário de Estado.”
Inaugura se na UEM uma nova fase no sindicalismo, o da DELAÇÃO. Triste fase esta onde os dirigentes usam boatos para dedurarem colegas. Pratica esta do tempo da ditadura, sempre abominada por todos, agora no afã de entregar colegas, passam a defender um governador que esqueceram de dizer o nome mas, que “jogou” a polícia várias vezes sobre os trabalhadores da UEM e mais ainda, num ato repugnante, “jogou” a Cavalaria contra os professores de 2º grau.
Se estivessem na manifestação contra o governador na época, saberiam que o ovo arremessado e agora imputado a mim, caiu sobre o carro da professora Tânia Tait, que se encontrava bem longe do governador. Mesmo que tivesse ocorrido o fato das interrupções nas negociações por causa do ovo. Pergunto: Que ovo poderoso hein? Não quisera eu ser o arremessador, pois a mira foi muito ruim, rsrsrs.
2º trecho - “Esse não foi um ato isolado. Prova é o processo penal por desacato e ameaça a uma funcionária pública (TRE), durante a eleição para prefeito em 2002 (Autos nº. 1128/2002 – Juizado Especial Criminal de Maringá)”.
Se prestassem mais um pouco de atenção, na pressa insana de delatar colegas, veriam que no ano de 2002, não houve eleição para prefeito. Então, “Cabo Anselmo”, informação falsa e não vai receber nenhum trocado por ela...
3º trecho - “Mas é bom lembrar ao candidato a presidente da chapa 3, que ele já ocupou cargo de chefia na UEM, saiu para ser candidato a vereador, não eleito, retornou e, desrespeitando o servidor que ocupava o seu cargo, exigiu o cargo de volta.”
Outro fato distorcido por mais uma vez não participarem do processo. Se tivessem consultado pessoas da chapa 1 mesmo, saberiam que quando retornei, os funcionários do setor se reuniram espontaneamente e com o Sinteemar, pediram uma nova eleição (legítima). Feita a votação, fui eleito pelos companheiros do setor em dois turnos e só assim retornei ao cargo.
4º trecho - “Se esquece ainda, que foi candidato a representante dos funcionários no Conselho Universitário nas últimas eleições. Não foi eleito nem por seus pares, ficando nos últimos lugares! Quem conhece não vota. Será que se fosse eleito abriria mão de sua FG ou da candidatura a presidente do sindicato?”
Não me esqueci e, em relação aos resultados nas eleições do COU, cito o exemplo do copo com conteúdo pela metade, depende de quem comenta o fato, ele estará quase cheio ou quase vazio. E com relação à FG, durante a campanha foi feita consulta a Comissão Eleitoral que esclareceu: FG ou CC em qualquer hipótese (eleito ou indicado), é considerado Cargo de Confiança. Portanto, temos claro agora que, se fossemos eleitos, os companheiros que tivessem FG, teriam que renunciar a FG para assumir suas funções no Sindicato.
Acredito que com mais de vinte anos na vida política da UEM, participando ativamente de sua história, sempre tomando posições, às vezes majoritária, outras não, sou capaz de entender os seus momentos conjunturais e aceitá-los. Agradeço aos eleitores que confiaram e acreditaram que o nosso trabalho era e é possível.
Pra finalizar a polêmica, quero dizer que estou honrado pelos companheiros que também querem resgatar o sindicato, e lutaram bravamente lado a lado comigo por isso. Nossa participação e luta continuam....

Enéias Ramos de Oliveira – Candidato a Presidente pela Chapa 3 PARTICIPAÇÃO E LUTA.