Cinema - Monica Bergamo - SFP
Bye bye, Brasil
Ivan Cardoso, um dos mais tradicionais diretores de cinema brasileiro, anuncia que está abandonando a profissão. "O cinema brasileiro virou um lamaçal, em que são feitos "maravilhosos" filmes milionários que o público não quer ver. O cinema brasileiro só existe por causa da subvenção oficial. E hoje não tem mais cineastas. Quem faz os filmes são diretores de TV, de publicidade e banqueiros", diz ele.
PAPEL RIDÍCULO
Cardoso, o mestre do "terrir" e autor de filmes como "As Sete Vampiras" e "O Escorpião Escarlate", tomou a decisão depois de ser excluído da lista de cineastas beneficiados com financiamento da Petrobras, divulgada na semana passada. "Aquilo lá [os contemplados com recursos] é a lista do INPS, só tem aposentado", afirma. Cardoso diz que já ganhou sete prêmios internacionais e 54 nacionais e que está fazendo "papel ridículo" ao participar desses concursos. "No Brasil, tenho voz, mas não tenho vez."
BILHETERIA BAIXA
Solidário a Bruno Barreto, também excluído pela Petrobras e também crítico do resultado, Cardoso afirma: "O Barreto foi corajoso ao fazer o filme "Caixa Dois" [lançado neste ano], porque essa é a especialidade do cinema nacional. Diretores e produtores gastam milhões nos filmes e já se remuneram com o dinheiro arrecadado para a produção [dos longas]. Fazem filmes milionários com dinheiro público, que nunca seriam pagos pela bilheteria".
DE FORA
Em resposta a Cardoso e Barreto, a Petrobras diz que o critério usado pela estatal para financiar os filmes foi o do mérito do roteiro, e não o nome do diretor, a região em que atua -e muito menos a idade do profissional. De acordo com a empresa, a comissão que elege os projetos a serem financiados é formada por pessoas de fora da Petrobras, o que garantiria a isenção política das escolhas.
Ivan Cardoso, um dos mais tradicionais diretores de cinema brasileiro, anuncia que está abandonando a profissão. "O cinema brasileiro virou um lamaçal, em que são feitos "maravilhosos" filmes milionários que o público não quer ver. O cinema brasileiro só existe por causa da subvenção oficial. E hoje não tem mais cineastas. Quem faz os filmes são diretores de TV, de publicidade e banqueiros", diz ele.
PAPEL RIDÍCULO
Cardoso, o mestre do "terrir" e autor de filmes como "As Sete Vampiras" e "O Escorpião Escarlate", tomou a decisão depois de ser excluído da lista de cineastas beneficiados com financiamento da Petrobras, divulgada na semana passada. "Aquilo lá [os contemplados com recursos] é a lista do INPS, só tem aposentado", afirma. Cardoso diz que já ganhou sete prêmios internacionais e 54 nacionais e que está fazendo "papel ridículo" ao participar desses concursos. "No Brasil, tenho voz, mas não tenho vez."
BILHETERIA BAIXA
Solidário a Bruno Barreto, também excluído pela Petrobras e também crítico do resultado, Cardoso afirma: "O Barreto foi corajoso ao fazer o filme "Caixa Dois" [lançado neste ano], porque essa é a especialidade do cinema nacional. Diretores e produtores gastam milhões nos filmes e já se remuneram com o dinheiro arrecadado para a produção [dos longas]. Fazem filmes milionários com dinheiro público, que nunca seriam pagos pela bilheteria".
DE FORA
Em resposta a Cardoso e Barreto, a Petrobras diz que o critério usado pela estatal para financiar os filmes foi o do mérito do roteiro, e não o nome do diretor, a região em que atua -e muito menos a idade do profissional. De acordo com a empresa, a comissão que elege os projetos a serem financiados é formada por pessoas de fora da Petrobras, o que garantiria a isenção política das escolhas.
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