7.7.07

Coluna do Francês (domingo)

Debate peemedebista
Com o registro de duas chapas a campanha pelo comando do PMDB apresentou os
dois protagonistas, vereador Mário Hossokawa e Umberto Crispim, e estes já esgrimem
suas armas de convencimento dos eleitores. Crispim martela a tecla de que Mário
quer o partido “para entregar para o prefeito Silvio Barros”; Mário é mais
abrangente: diz que Crispim quer continuar usando o partido para si e
escolhendo ele próprio, sem participação dos demais filiados, quem deve ser
candidato representante do PMDB.

Prazo curto
Pena que a eleição será realizada já no domingo da próxima semana! Houvesse
prazo um pouco maior o debate teria tempo para evoluir e expor o que o PMDB
maringaense tem sido e quais as perspectivas desse partido que já mandou em
Maringá e até teve deputados.

Não inscrito
Uma aventada terceira chapa concorrendo pelo comando do PMDB não foi
registrada, apesar das informações de que seria, porque seu candidato a presidente, Renato
Cardoso Machado, chefe da Secretaria da Agricultura em Maringá, ex-prefeito de
Colorado, simplesmente não está filiado ao PMDB daqui.

Plataformas
O presidente da chapa “Governador Roberto Requião” está focando sua campanha
exclusivamente na suposição de que o adversário quer o PMDB para Silvio Barros.
Presidiu o partido durante tantas gestões e de tal forma que seus companheiros
de longa data, peemedebistas históricos, hoje cerram fileiras em torno de Mário
Hossokawa e sua chapa “Manda Brasa”.

Confronto
No embate direto Mário leva vantagem por apresentar-se como um político
confiável que honra a palavra empenhada. Destrói a tese de Crispim com
facilidade: “Quem me conhece sabe que não sou homem de duas caras e nem faço da
política profissão para sobreviver. O Crispim quer que as pessoas acreditem que
quero presidir o partido para entregá-lo ao prefeito. Quer que os outros
acreditem que eu vou mudar meu jeito para fazer uma coisa errada!”.

Entrada do prefeito
E continua Mário: “Sei que se pretender entrar no partido o prefeito precisará
falar com o governador, com a Executiva em Curitiba, com os correligionários.
Mesmo eleito presidente eu não teria força para decidir isso unilateralmente”.

Exemplo real
Segundo Mário, o adversário baseia toda a sua campanha em uma suposição
agravada com maldade: “Eu sou diferente. Mostro o que define bem o que é o senhor
Crispim que sempre usou o partido para garantir seus empregos: enquanto ele diz que eu
estaria querendo passar o PMDB para o prefeito, ele já tem o candidato a
prefeito escolhido, que é o Edmar Arruda. Ele já decidiu, sem consultar os
peemedebistas. Esse é o homem que quer continuar mandando no partido, esse é o
tipo de atitude que está acabando com o PMDB em Maringá”.

Sem moral
Ainda segundo Mário, devido esse uso e abuso da sigla pelo adversário Crispim é
que o partido em Maringá, a terceira maior cidade do Paraná, não tem qualquer
respeito e influência junto às decisões em nível estadual, apesar do governo
do Paraná ser peemedebista.

Sem retorno
Mário Hossokawa afirma que a resposta é a falta de credibilidade e força no
comando do PMDB local: “ Desde quando não temos um deputado estadual? E um
prefeito? E um secretário de Estado, já que o nosso partido vai para o segundo
mandato consecutivo no Paraná? E por quê minguou o número de vereadores
peemedebistas na Câmara Municipal de Maringá?”

A volta do PMDB
Segundo o candidato a presidente pela chapa “Manda Brasa”, seu principal
objetivo é trazer de volta aquele PMDB grande: “Se formos eleito com certeza
choverão grandes nomes locais para o partido. Voltarão os que se afastaram por
falta de espaço. Vamos eleger muitos vereadores, teremos bons candidatos a
deputado e com essa base certamente teremos espaço peemedebista por Maringá no
secretariado do governador Requião”.

Nosso futuro
Em Curitiba diversas entidades estão solicitando providências da Prefeitura e
polícia com relação à ação de flanelinhas. Em vários pontos da cidade os
“guardadores” já exigem pagamento adiantado para “guardar” os carros. Quem não
concorda em pagar ouve a ameaça: “Se o patrão não quer pagar, não tenho
qualquer responsabilidade se alguém estragar ou roubar o carro”.

Ofensa direta
Em Brasília a Câmara dos Deputados quer processar o Programa Casseta & Planeta.
Em um dos programas os deputados são chamados “deputados de programa”, uma
prostituta se faz de indignada quando chamada de “deputada”, há vacinação de
deputados contra a “febre afurtosa”, etc.

Processo
Para deputados, o programa passou dos limites. A Rede Globo diz que só se
pronuncia depois de efetivadas as ações judiciais. E os humoristas fizeram nota
de esclarecimento dizendo que “em nenhum momento quiseram ofender deputados ou
prostitutas. O objetivo da piada era comparar as duas categorias profissionais
que aceitam dinheiro para mudar de posição”.

Bravin invade São Paulo
Nem o maior centro médico do Brasil ficará livre do vereador Belino Bravin
Filho, depois que o deixaram ver os recursos disponíveis em São Paulo, quando
lá esteve internado em tratamento do coração. Segundo ele, descobriu que é
“muito fácil conseguir transplantes de pâncreas, coração e outras coisas. Já
mandei um, esta semana”.

Assistencialismo
Embora seja corrente que função de vereador não é assistencialismo, não há como
negar que Bravin cumpre papel importante, socorrendo cerca de 300 pessoas que
precisam de atendimento médico a cada mês. Fora outros atendimentos que o levam
a ter contato com mais de mil carentes a cada trinta dias.

Pouco anda
Bravin não reclama e fica feliz ao dizer que pouco consegue andar em todos os
bairros que visita diariamente: “Dou uns passos e já começa a juntar gente.
Setenta por cento dos que me procuram com necessidades, nunca haviam me
procurado. Aparece gente do Norte do Brasil e de tudo quanto é lado. Me
procuram porque sou acessível e porque sabem que eu resolvo, na medida das
possibilidades, a situação de cada um”.

Deus ajuda
O vereador diz acreditar em ajuda de cima para resolver muitos problemas:
“Semana passada, por exemplo, um homem me disse que precisava de uma cama de
hospital que custava 400 contos. Eu não tinha esse dinheiro, mas no dia
seguinte, passando pelo ferro-velho de um amigo, o Polaco, vi que ele tinha
comprado 10 camas de algum hospital desativado na região. Nem conversei. Pedi a
ele desculpas, encostei a camioneta e levei todas para atender os meus
doentes”.

Cavalo arreado
Reeleito vereador com quase 7 mil votos, quase deputado estadual com 18 mil
(dos 22 mil) votos só em Maringá - diz só ter gasto as solas de três pares de
sapatos
- embora se defina como candidato à reeleição, Bravin diz que sofre pressão
popular: “É uma conversa só. Muita gente quer que eu saia para prefeito, para
vice. E falam: o cavalo tá arreado, Bravin. Em política ele não se oferece
assim, toda hora. É montar ou deixar passar”.

Dupla imbatível
Segundo Bravin, em um populoso bairro chegaram a fazer para ele a seguinte
proposta: “Você se junta com o Pinga Fogo que vocês dois ganham a Prefeitura de
Maringá. Nem precisam brigar para ver quem vai ser o prefeito e quem vai ser o
vice. Vocês jogam uma moeda e escolheu cara ou coroa. O que der vocês ganha a
eleição porque vocês são populares e atendem o povo”.