10.7.07

Coluna do Ronaldo Nezo

Carros
Há alguns dias, tenho pensado sobre o número de carros que circula pela cidade apenas com o motorista ao volante. Falamos tanto sobre a violência do trânsito, acidentes e mortes, aumento da frota de veículos, mas pouco nos importamos com a quantidade de pessoas que trafega com seus carros sem levarem nenhum passageiro.

Racionalidade
Você já parou pra imaginar se fossemos mais racionais e, por exemplo, saíssemos de casa sempre levando alguém que também vai utilizar um carro? Será que conseguiríamos diminuir o número de veículos nas ruas e avenidas da cidade? Creio que sim.

Fazendo as contas
Dia desses, aproveitei o sinal fechado e fiz as contas: de cada dez carros, pelo menos oito estavam ocupados somente pelos motoristas. Num único semáforo, seria possível diminuir seis ou sete carros.

Egoístas
Somos egoístas demais. Incomodamo-nos em dar uma carona para o vizinho, em levar o filho dele para escola, não aceitamos pegar um colega na casa dele para evitar que use um carro (até por que o folgado pode aproveitar a carona e nunca ajudar na gasolina, né não?).

Monstros?
Bem, a gente criou uma sociedade monstruosa. Estamos destruindo o planeta e inviabilizando o nosso próprio ato de ir e vir, porque preferimos as coisas do nosso jeito a tentar o diferente que tire um pouco de nossa comodidade. Aonde vamos parar?

Alternativa
Obviamente, a coisa não é tão simples de resolver. Contudo, para mostrar que a gente precisa pensar em uma alternativa para o problema, tenho aqui um dado que chama a atenção. O repórter Everton Barbosa, da CBN Maringá, identificou que embora a média nacional de venda de veículos tenha sido 22% maior que no ano passado (no período de janeiro a maio), em nossa cidade, o crescimento foi de 38%.

Loucura?
Não. O maringaense comprou mais carro novo, proporcionalmente, que o restante do país. Isto significa que, mesmo que a frota da cidade fique mais nova (e isto é bom), temos muito mais carros nas ruas. O problema é que não tem onde colocar tanto veículo – as ruas e avenidas não ficam mais largas e nem os semáforos, mais distantes.

Jornalistas
“Eu tenho desejo”; este é o tema de uma revista produzida pelos estudantes de jornalismo do Cesumar. A produção ficou muito legal e quem tiver a chance de ver a revista vai notar que tem muita gente boa despontando para a profissão. Embora conheça apenas alguns desses formandos, parabéns a todos!

Bocejo
Gostei dessa: pesquisadores divulgaram um estudo que aponta que o ato de bocejar é ótimo para o cérebro. Isto mesmo. Eles concluíram que bocejar refresca o cérebro e aumenta a concentração. Então, diferente do que pensávamos, a pessoa que boceja não está se preparando para dormir; este seria um mecanismo para continuar acordada.

Convertido?
O deputado Ricardo Barros provocou risos na sexta-feira ao falar durante a entrega de recursos à Secretaria da Mulher de Maringá. Ao cumprimentar as pessoas presentes na solenidade, o parlamentar iniciou a fala com um “bom dia a todos e a todas”. Esta maneira de iniciar um discurso é comum entre os petistas; por isso, a situação ficou engraçada. Como é sabido, Ricardo Barros foi um ferrenho crítico do governo Lula. Contudo, neste ano, tornou-se um dos governistas.

Telefonia
Na sexta-feira, a Brasil Telecom promoveu uma entrevista coletiva para falar sobre a conversão de pulsos para minutos na contagem das ligações telefônicas. O pessoal explicou como vai funcionar, apresentou valores e reafirmou compromissos. Foi dito, inclusive, que o usuário não tem com o que se preocupar.

Será?
Contudo, a coisa não é tão simples assim. A situação que já é complexa, porque nem todo mundo entende o motivo da mudança, torna-se ainda mais difícil de lidar em função de a empresa ter interesse em vender o plano de 600 minutos.

Minutos
Os planos que devem ser ofertados aos usuários que ainda pagam por pulsos são os de 200 e 400 minutos. É isto que ficou acertado entre as operadoras e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Entretanto, muita gente – inclusive este jornalista – tem sido “convidado” a trocar o sistema de pulsos pelo plano de 600 minutos. O pessoal do telemarketing da Brasil Telecom parece esquecer dos planos mais baratos.