O que aconteceu com as vítimas?
Por VALCIR JOSÉ MARTINS
Dentre os questionamentos sobre a tragédia de Congonhas muitos se perguntam como teriam sido os últimos momentos dos passageiros. Vejamos um resumo de mensagem de José Roberto Alves Pereira, piloto, católico, vítima de desastre aéreo nas proximidades de Nova Andradina-MS, em 1979, juntamente com sua mãe, esposa, e seus três filhos, em carta dirigida à sua irmã, e cunhado, de Franca SP.
“Querida Maria Helena e meu Caro Antoninho, ainda estou no trauma do acontecimento que não estimaríamos relembrar.
Tudo foi questão de segundos. Observava a hesitação do motor, mas na impossibilidade de qualquer retificação, entreguei-me à força que interpretamos como sendo a Vontade de Deus.
Reconheço que estamos todos submetidos a leis imbatíveis e prefiro falar do assunto do ponto de vista da religião. Nessas horas terríveis do imprevisto negativo, a idéia de que somos filhos de uma Sabedoria Infinita e de um Infinito Amor que comandam todo o Universo nos reconforta os corações.
Creiam que não houve tempo que se despendesse em lamentações. Deus era a única sílaba que nos escapava do coração e da boca, atônitos que nos achávamos todos, diante do irremediável.
O grande pássaro de metais caiu arremessando-nos a todos de uma vez na liberação compulsória da experiência física. Concentrei todas as minhas reservas de energia mental para não dormir ou desmaiar, entretanto, semelhante esforço não me valeu por ensejo de observação mais minuciosa do fenômeno que nos arrasava a família.
Numa fração de tempo que não pude e nem posso ainda precisar, vi-me fora do corpo, à maneira de noz quando salta do invólucro natural que a retém e, conquanto cambaleasse de espanto e sofrimento, reconheci que não estávamos a sós.
A mamãe e a Lucy (esposa) estavam amparadas por senhoras amigas e o Robertinho, Luciana e o Waldomiro Neto (filhos) se achavam sob a assistência de enfermeiros diligentes.
Quis conhecer os benfeitores que nos estendiam socorro, mas como se a certeza de não nos achávamos abandonados me rematasse as resistências, entrei por minha vez num torpor de que não consigo atualizar a duração.
Mais tarde, ainda ignoro depois de quantos dias, despertei numa instituição que a princípio me forneceu a ilusão de que havíamos sido salvos do acidente doloroso, mas não se passou muito tempo, para que me visse esclarecido.Havíamos todos deixado a moradia física de uma só vez.
Embora me sentisse quase quebrado pelas conseqüências da queda, era obrigado a reconhecer que me via num corpo semelhante em tudo àquele que me havia servido.Seria inútil qualquer tentame de meu lado para descrever-lhes a mudança que me convulsionava a cabeça.Entretanto, era preciso resignar-me aos acontecimentos e, mais uma vez a idéia religiosa fora a escora que me imunizou contra o desequilíbrio total.
Pouco a pouco, revi todos os nossos.A mãezinha Antonieta recebera os primeiros socorros por parte de duas amigas que passei a conhecer. O papai Waldomiro estava em nosso auxilio. Monsenhor Candido Rosa, nos abençoava com sua assistência.
Somos gratos às suas orações e às flores. Um mundo novo se nos abre à frente e uma nova existência nos desafia. Não há lugar para desalento e autopiedade.”
Esta comunicação recebida por Chico Xavier em 1980, cuja autenticidade foi confirmada por familiares de José Roberto, pois revelou detalhes que Chico desconhecia, encontrada no livro Ninguém Morre, de Elias Barbosa, que conta com outras tantas mensagens de ‘falecidos’ aos seus familiares, todas com riqueza de detalhes e nomes desconhecidos do médium, nos dá a certeza de que todos foram amparados e socorridos.
VALCIR JOSÉ MARTINS, Administrador, Maringá, Pr.
Dentre os questionamentos sobre a tragédia de Congonhas muitos se perguntam como teriam sido os últimos momentos dos passageiros. Vejamos um resumo de mensagem de José Roberto Alves Pereira, piloto, católico, vítima de desastre aéreo nas proximidades de Nova Andradina-MS, em 1979, juntamente com sua mãe, esposa, e seus três filhos, em carta dirigida à sua irmã, e cunhado, de Franca SP.
“Querida Maria Helena e meu Caro Antoninho, ainda estou no trauma do acontecimento que não estimaríamos relembrar.
Tudo foi questão de segundos. Observava a hesitação do motor, mas na impossibilidade de qualquer retificação, entreguei-me à força que interpretamos como sendo a Vontade de Deus.
Reconheço que estamos todos submetidos a leis imbatíveis e prefiro falar do assunto do ponto de vista da religião. Nessas horas terríveis do imprevisto negativo, a idéia de que somos filhos de uma Sabedoria Infinita e de um Infinito Amor que comandam todo o Universo nos reconforta os corações.
Creiam que não houve tempo que se despendesse em lamentações. Deus era a única sílaba que nos escapava do coração e da boca, atônitos que nos achávamos todos, diante do irremediável.
O grande pássaro de metais caiu arremessando-nos a todos de uma vez na liberação compulsória da experiência física. Concentrei todas as minhas reservas de energia mental para não dormir ou desmaiar, entretanto, semelhante esforço não me valeu por ensejo de observação mais minuciosa do fenômeno que nos arrasava a família.
Numa fração de tempo que não pude e nem posso ainda precisar, vi-me fora do corpo, à maneira de noz quando salta do invólucro natural que a retém e, conquanto cambaleasse de espanto e sofrimento, reconheci que não estávamos a sós.
A mamãe e a Lucy (esposa) estavam amparadas por senhoras amigas e o Robertinho, Luciana e o Waldomiro Neto (filhos) se achavam sob a assistência de enfermeiros diligentes.
Quis conhecer os benfeitores que nos estendiam socorro, mas como se a certeza de não nos achávamos abandonados me rematasse as resistências, entrei por minha vez num torpor de que não consigo atualizar a duração.
Mais tarde, ainda ignoro depois de quantos dias, despertei numa instituição que a princípio me forneceu a ilusão de que havíamos sido salvos do acidente doloroso, mas não se passou muito tempo, para que me visse esclarecido.Havíamos todos deixado a moradia física de uma só vez.
Embora me sentisse quase quebrado pelas conseqüências da queda, era obrigado a reconhecer que me via num corpo semelhante em tudo àquele que me havia servido.Seria inútil qualquer tentame de meu lado para descrever-lhes a mudança que me convulsionava a cabeça.Entretanto, era preciso resignar-me aos acontecimentos e, mais uma vez a idéia religiosa fora a escora que me imunizou contra o desequilíbrio total.
Pouco a pouco, revi todos os nossos.A mãezinha Antonieta recebera os primeiros socorros por parte de duas amigas que passei a conhecer. O papai Waldomiro estava em nosso auxilio. Monsenhor Candido Rosa, nos abençoava com sua assistência.
Somos gratos às suas orações e às flores. Um mundo novo se nos abre à frente e uma nova existência nos desafia. Não há lugar para desalento e autopiedade.”
Esta comunicação recebida por Chico Xavier em 1980, cuja autenticidade foi confirmada por familiares de José Roberto, pois revelou detalhes que Chico desconhecia, encontrada no livro Ninguém Morre, de Elias Barbosa, que conta com outras tantas mensagens de ‘falecidos’ aos seus familiares, todas com riqueza de detalhes e nomes desconhecidos do médium, nos dá a certeza de que todos foram amparados e socorridos.
VALCIR JOSÉ MARTINS, Administrador, Maringá, Pr.
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