7.9.07

Luz, câmara, Benedito

Fábio Campana [07/09/2007]

Requião visita as locações escolhidas pelo seu diretor de cena, Benedito Pires, para gravar os capítulos do programa do PMDB na televisão. Ontem estiveram filmando em Piraquara, depois desceram a serra e fizeram algumas tomadas no porto de Paranaguá. Na próxima semana pretendem colher imagens do Duce no interior.
A toada é a de sempre. Requião vai aparecer na telinha no papel de salvador da pátria, inventor do progresso, protetor dos humildes, carrasco dos aproveitadores e tudo o mais que se conhece dessa surrada linha de marketing desde que os etruscos inventaram as suas primeiras regras de construção da imagem do grande líder.
Ora, pois, o líder sabe que já não convence como em outros tempos. Seu discurso é tão convincente quanto a décima tentativa do suicida que jamais consegue finalizar sua pantomima dramática.
Assim caminha a humanidade. Os marqueteiros do Duce já estudam qual o próximo factóide a ser criado para desviar a atenção do distinto público de seus insucessos administrativos.
O esforço para provar competência é destruído pela realidade nua e crua dos fatos. O melhor serviço de saúde do mundo, segundo Requião, não consegue nem mesmo organizar um sistema eficiente de distribuição de remédios para pacientes de enfermidades especiais. E agora temos a dengue, que do ano passado para este aumentou em 1.000% no Paraná.
E que dizer da educação? O projeto Fera acabou, informa Jorge Barbosa Filho. Acabou também a fantasia da extinção do analfabetismo, que grassa inclusive nos desvãos palacianos, a julgar pelos textos que o DIP faz circular para louvação do chefe e segurança do salário polpudo e outras prebendas que ainda estão por emergir.