12.11.07

Leitor comenta

Rigon, amanhã o Simmar tentará mobilizar seus simpatizantes para defender um plano de saúde no qual os servidores pagam 3% e tem uma contrapartida de 25% para consultas, internações e cirurgias, e de 50% em exames (há alguns servidores endividados devido a essa co-participação - no total os servidores devem quase R$ 7 milhões para a Capsema, descontados de 10% em 10%, mês a mês).
O Sismmar, seus diretores e simpatizantes estão defendendo um plano que já demonstrou ser insustentável financeiramente e cuja inclusão compulsória já foi considerada inconstitucional pela Justiça.
Não há dúvida de que os servidores devem ir à Câmara amanhã. O que eles têm que escolher é o que é melhor para eles.
Nesse caso, vale lembrar, o plano oferecido pela Prefeitura tem coisas muito interessantes, que no mínimo merecem uma reflexão:
Os servidores não precisam mais pagar 3% do seu salário para ter direito aos serviços de saúde.
A co-participação de 25% e 50% para exames acaba. Passa a ser de R$ 1,50 - somente para consultas e exames (por procedimento). No caso dos internamentos e cirurgias não haverá dívida para ser descontada dos salários. Ou seja, para muitos servidores, com o novo plano, estarão ganhando 13% do seu salário por mês.
O plano de saúde da Capsema não é a panacéia que aparenta. Ao contrário, é uma fonte de dívidas e há quem diga, de privilégios para alguns dos seus quase 400 prestadores de serviços.
O novo sistema unifica o atendimento para exercer poder de barganha, para reduzir preço. Não fosse o exemplo do SAS, aqui mesmo do Paraná, ele está fundamentado em novos modelos que vem dando muito certo na Europa, em países desenvolvidos, que abandonam o velho sistema de pagar por atendimento, por procedimento, para o pagamento por vidas, por pessoa, durante um período de tempo.
Cabe aos servidores escolher o que é melhor: para o sindicato é pagar 3% por mês e perder 10% do salário para dívidas de co-participação, quando ficarem doentes. Será que esse é mesmo o melhor para os servidores?
Amanhã vou à Câmara e não quero ir sozinho. Quero levar colegas servidores comigo, para pedir aos vereadores que votem a proposta da Prefeitura. Chega de usar os servidores para fazer política. Já perdemos demais com esse sindicato. Está na hora de lotarmos a Câmara para fazermos valer os verdadeiros direitos do servidor.