Violência contra a mulher: isso tem que parar!
TANIA TAIT
Em reunião recente na Delegacia da Mulher, pudemos constatar que, infelizmente, a violência contra a mulher continua ocorrendo, mesmo com a existência de maior rigor a partir da lei Maria da Penha.
Para se ter uma idéia, os dados fornecidos pela delegacia mostram que de janeiro a outubro de 2007 foram registradas 1408 ocorrências, entre ameaças, lesão corporal, maus tratos, entre outros.
Também, foram registrados 17 casos de estupro, o que tem assombrado às mulheres. Ainda, casos como os da menina Márcia de 10 anos, que chocou a cidade.
Mesmo com campanhas contra a violência e uma lei mais severa instituída no país, as mulheres continuam sofrendo de uma violência cruel e covarde, em seus lares, nos locais de trabalho e nas ruas.
Dados da Fundação Perseu Abramo mostram que, a cada 15 segundos, uma mulher é espancada no Brasil. Seguindo o cálculo, seriam quatro por minutos, 243 por hora, 5.800 por dia, 175 mil por mês e 2,1 milhões a cada ano.
Agora, no mês de novembro, novamente as entidades ligadas aos direitos das mulheres, tanto governamentais como não governamentais vão às ruas buscando conscientizar a população sobre problema da violência contra a mulher, que é de toda a sociedade.
Entretanto, marcar um período para realizar essa atividade, mesmo que seja importante e necessário, é pouco diante do quadro de violência existente, que ocorre durante todo o ano.
Defendemos que o combate contra a violência deva ser cotidiano, contínuo e compartilhado. Cotidiano, pois a violência tem várias faces: a psicológica, a física e a sexual, as quais estão presentes em nosso dia-a-dia. Contínuo, pois a violência deve ser combatida permanentemente. Compartilhado, pois o combate à violência deve envolver toda a sociedade.
Os governos possuem um papel fundamental para viabilizar a implantação de políticas públicas e a aplicação das leis de proteção às vítimas de violência, inclusive com criação de infra-estrutura para os órgãos responsáveis. A sociedade pode contribuir cobrando o cumprimento dessas leis e a implantação de políticas de apoio às mulheres vítimas de violência, além de propor soluções.
Ou vamos ficar parados e paradas, aguardando o ano de 2490, ano em que as Nações Unidas prevêem que haverá igualdade entre homens e mulheres?
* Tania Fatima Calvi Tait. Coordenadora da ong Maria do Ingá – Direitos da Mulher. Professora do Departamento de Informática – UEM
Em reunião recente na Delegacia da Mulher, pudemos constatar que, infelizmente, a violência contra a mulher continua ocorrendo, mesmo com a existência de maior rigor a partir da lei Maria da Penha.
Para se ter uma idéia, os dados fornecidos pela delegacia mostram que de janeiro a outubro de 2007 foram registradas 1408 ocorrências, entre ameaças, lesão corporal, maus tratos, entre outros.
Também, foram registrados 17 casos de estupro, o que tem assombrado às mulheres. Ainda, casos como os da menina Márcia de 10 anos, que chocou a cidade.
Mesmo com campanhas contra a violência e uma lei mais severa instituída no país, as mulheres continuam sofrendo de uma violência cruel e covarde, em seus lares, nos locais de trabalho e nas ruas.
Dados da Fundação Perseu Abramo mostram que, a cada 15 segundos, uma mulher é espancada no Brasil. Seguindo o cálculo, seriam quatro por minutos, 243 por hora, 5.800 por dia, 175 mil por mês e 2,1 milhões a cada ano.
Agora, no mês de novembro, novamente as entidades ligadas aos direitos das mulheres, tanto governamentais como não governamentais vão às ruas buscando conscientizar a população sobre problema da violência contra a mulher, que é de toda a sociedade.
Entretanto, marcar um período para realizar essa atividade, mesmo que seja importante e necessário, é pouco diante do quadro de violência existente, que ocorre durante todo o ano.
Defendemos que o combate contra a violência deva ser cotidiano, contínuo e compartilhado. Cotidiano, pois a violência tem várias faces: a psicológica, a física e a sexual, as quais estão presentes em nosso dia-a-dia. Contínuo, pois a violência deve ser combatida permanentemente. Compartilhado, pois o combate à violência deve envolver toda a sociedade.
Os governos possuem um papel fundamental para viabilizar a implantação de políticas públicas e a aplicação das leis de proteção às vítimas de violência, inclusive com criação de infra-estrutura para os órgãos responsáveis. A sociedade pode contribuir cobrando o cumprimento dessas leis e a implantação de políticas de apoio às mulheres vítimas de violência, além de propor soluções.
Ou vamos ficar parados e paradas, aguardando o ano de 2490, ano em que as Nações Unidas prevêem que haverá igualdade entre homens e mulheres?
* Tania Fatima Calvi Tait. Coordenadora da ong Maria do Ingá – Direitos da Mulher. Professora do Departamento de Informática – UEM
<< Home