Reunião entre prefeitura e lojistas causa bate-boca
Andye Iore/Gazeta do Povo
Maringá – Discussão, bate-boca e muitos questionamentos marcaram uma reunião do condomínio de lojas da Antiga Rodoviária de Maringá, no Noroeste do Paraná. A prefeitura apresentou aos proprietários de salas o edital de licitação para a demolição do prédio histórico e a construção de um novo edifício comercial no local. O clima ficou quente no Paço Municipal por várias vezes. Aproximadamente 50 pessoas, entre comerciantes, proprietários de salas, advogados e representantes da prefeitura participaram do encontro. "Acho que vocês (proprietários) deviam torcer e ajudar a viabilizar isso (o edital)", sugeriu o coordenador municipal de Políticas Urbanas e Meio Ambiente, Jurandir Guatassara Boeira.
Ele, no entanto, foi questionado várias vezes pelo advogado Alberto Abraão, que representa parte dos lojistas que entraram com uma ação na Justiça contra a interdição do prédio pela administração municipal em fevereiro do ano passado. "Isso é uma incorporação compulsória porque inclui no edital como prédio da prefeitura e há outros donos também", citou o advogado ao reclamar que o edital foi aberto mesmo com a ação judicial em andamento na 2.ª Vara Cível de Maringá. O ex-síndico Hosin Salen também questiona a interdição apontada como arbitrária. Ele alega que há interesses particulares em jogo e que a intenção da prefeitura foi evitar a chamada de capital para a reforma do prédio que estava marcada para dois dias depois que o local foi interditado.
O poder público alega que não há irregularidade em todo o processo. O edital foi publicado na semana passada e as propostas serão abertas no dia 10 de março. Os comerciantes terão três opções para destinar seus imóveis: vender para a empresa vencedora da licitação; ganhar outra sala no novo prédio equivalente a cinco vezes o tamanho da atual ou negociar a compra de outra sala em outro local.
Interdição
Em janeiro do ano passado parte da cobertura metálica desabou e o local foi interditado no mês seguinte. Desde então, lojistas lutam para voltar ao trabalho enquanto outros transferiram seus negócios para salas nas quadras próximas e historiadores e populares tentam evitar a demolição.
Dois laudos técnicos foram feitos apontando questões estruturais, históricas, arquitetônicas e sociais defendendo a manutenção e até tombamento do edifício. A prefeitura alega que não tem conhecimento do conteúdo dos laudos, que o prédio não é histórico e defende que a melhor solução é a demolição.
Os laudos estão na Promotoria de Proteção ao Meio Ambiente e o promotor Ilecir Heckert disse acompanhar a polêmica, mas afirmou que não pode comentar sobre seus procedimentos.
A fisioterapeuta Annayara Telles Campos Estorillo está fazendo um abaixo-assinado para evitar a demolição do prédio.
Maringá – Discussão, bate-boca e muitos questionamentos marcaram uma reunião do condomínio de lojas da Antiga Rodoviária de Maringá, no Noroeste do Paraná. A prefeitura apresentou aos proprietários de salas o edital de licitação para a demolição do prédio histórico e a construção de um novo edifício comercial no local. O clima ficou quente no Paço Municipal por várias vezes. Aproximadamente 50 pessoas, entre comerciantes, proprietários de salas, advogados e representantes da prefeitura participaram do encontro. "Acho que vocês (proprietários) deviam torcer e ajudar a viabilizar isso (o edital)", sugeriu o coordenador municipal de Políticas Urbanas e Meio Ambiente, Jurandir Guatassara Boeira.
Ele, no entanto, foi questionado várias vezes pelo advogado Alberto Abraão, que representa parte dos lojistas que entraram com uma ação na Justiça contra a interdição do prédio pela administração municipal em fevereiro do ano passado. "Isso é uma incorporação compulsória porque inclui no edital como prédio da prefeitura e há outros donos também", citou o advogado ao reclamar que o edital foi aberto mesmo com a ação judicial em andamento na 2.ª Vara Cível de Maringá. O ex-síndico Hosin Salen também questiona a interdição apontada como arbitrária. Ele alega que há interesses particulares em jogo e que a intenção da prefeitura foi evitar a chamada de capital para a reforma do prédio que estava marcada para dois dias depois que o local foi interditado.
O poder público alega que não há irregularidade em todo o processo. O edital foi publicado na semana passada e as propostas serão abertas no dia 10 de março. Os comerciantes terão três opções para destinar seus imóveis: vender para a empresa vencedora da licitação; ganhar outra sala no novo prédio equivalente a cinco vezes o tamanho da atual ou negociar a compra de outra sala em outro local.
Interdição
Em janeiro do ano passado parte da cobertura metálica desabou e o local foi interditado no mês seguinte. Desde então, lojistas lutam para voltar ao trabalho enquanto outros transferiram seus negócios para salas nas quadras próximas e historiadores e populares tentam evitar a demolição.
Dois laudos técnicos foram feitos apontando questões estruturais, históricas, arquitetônicas e sociais defendendo a manutenção e até tombamento do edifício. A prefeitura alega que não tem conhecimento do conteúdo dos laudos, que o prédio não é histórico e defende que a melhor solução é a demolição.
Os laudos estão na Promotoria de Proteção ao Meio Ambiente e o promotor Ilecir Heckert disse acompanhar a polêmica, mas afirmou que não pode comentar sobre seus procedimentos.
A fisioterapeuta Annayara Telles Campos Estorillo está fazendo um abaixo-assinado para evitar a demolição do prédio.
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