19.4.08

Francês Press (domingo

Álcool para universitários
Aprovada em primeira discussão na Câmara Municipal, a proibição da venda de
bebidas alcoólicas às portas das universidades locais proposta pelo vereador
presidente John Alves Corrêa ganha apoio da maioria da comunidade. E ganharia
aprovação maior se muitos pais que moram em outras cidades pudessem acompanhar
o dia-a-dia acadêmico dos filhos.

Cerveja matinal
É que dezenas de alunos, em razão da maioridade e da liberdade recém
adquiridas, ou para afogar as saudades, introduziram a cerveja como substituta do saudável
cereal matinal ou café da manhã que consumiam em seus lares. Nessa troca também
de lares por bares, se estes abrem às 9h, lá já estão rapazes e moças,
entornando cervejas. E cá entre nós: nenhum deles exibe refrigerante nas mesas.

Prazo
O projeto que terá as duas outras votações necessárias na próxima semana tem
mais detalhes. Será proibido vender bebida alcoólica em uma distância inferior
a 150 metros das universidades, daqui a dois anos, prazo para que os
comerciantes se adaptem ou se retirem. O vereador John queria prazo de apenas
um ano, mas para aprovar o projeto e evitar prejuízos a comerciantes, aceitou a
emenda de outros edis.

Extensão
O projeto também define que a proibição se estenderá aos estabelecimentos
localizados próximos de escolas locais. Mais: se um bar localizado nesse
perímetro de 150 metros encerrar atividades, a Prefeitura não concederá alvará
para quem quiser utilizar o ponto; nem a novos pontos para vender bebida dentro
dessa área.

Drogas
Por coincidência, também nesta semana o vereador John recebeu em mãos, durante
sessão, um relatório do Comad - Conselho Municipal Antidrogas de Maringá. O
documento de conferência municipal apresenta propostas de prevenção, tratamento
e repressão de em consenso com as legislações municipal, estadual e federal.
Segundo experts, o caminho para as drogas geralmente começa pelo consumo de
bebidas alcoólicas por crianças e jovens.

Formas
O Comad sugere inclusive a criação de uma Secretaria Municipal específica
contra as drogas, já que o tráfico e o número de usuários aumentam visivelmente. E que
recursos para manutenção provenham de apreensões, multas de trânsito e do
orçamento municipal.

Situação agravada
Para dar uma idéia de onde as drogas podem levar Maringá, em Curitiba a
Prefeitura viu-se obrigada a implantar sua Secretaria Municipal Antidrogas,
cujo efetivo de guardas municipais é comandado por um ex-delegado de polícia.
Nos últimos dias o secretário de Segurança do Estado, Luiz Fernando Delazari,
inclusive questionou a existência dessa secretaria municipal e ganhou a
seguinte resposta: “Mesmo contra a vontade do secretário, vamos insistir em
parceria para acabar com o tráfico de drogas e a onda de violência em Curitiba.
O que está em jogo é a população e não fatos políticos”.

Educação
Apesar de que quando se fala da Associação Bom Samaritano lembramos logo de
saúde, a instituição já está com seu terceiro projeto na área educacional: a
Escola de Enfermagem, seguida pela Residência Médica e Centro de Educação
Infantil

Previsão
Político experiente, ex-vereador, o atual gerente de Defesa Social da
Prefeitura Municipal de Maringá, Cabo Zé Maria, foi entrevistado sobre política por Edson
Lima, sexta-feira na Rádio Cultura. Como ganhou aposta do apresentador sobre o
número de vereadores reeleitos na última eleição (acertou inclusive os nomes),
fez novo prognóstico: em 2008 serão reeleitos 11 dos atuais edis. Só não citou
quais.

Dificuldade
Com isso, segundo Edson, as coisas estão muito difíceis para cerca de 400
candidatos a vereador em Maringá. Eles terão que disputar apenas quatro
cadeiras, já que o projeto de aumento de vereadores (Maringá teria 23 ou 21)
parece definitivamente emperrado pelas MPs (Medidas Provisórias) que o
presidente Lula manda ao Congresso Nacional.

Reação no campo
Os invasores do MST poderão enfrentar paradas duras, brevemente, se continuarem
a invadir latifúndios particulares no Paraná. É o que dizem as palavras do
presidente da Sociedade Rural Oeste, Alessandro Meneghel: “Para cada ação de
baderna, haverá uma reação”.

Bandoleiros “simpáticos”
Interessante observar é que os tais sem terra podem invadir fazendas, bancos,
pedágios, laboratórios e agredir, depredar, matar e vender animais, saquear,
desrespeitando o constitucionalmente “garantido” direito de propriedade.
Enquanto os proprietários são proibidos de reagir (podem ser presos porque são
identificados e têm endereços de moradia e trabalho) os sem terra sem
identificação também invadem algumas praças de pedágio e deixam passar de graça
algumas centenas de veículos, exclusivamente para ganhar barato a simpatia
popular.