24.4.08

Francês Press (sexta)

Novo diretor da PEM
O coronel Antonio Tadeu Rodrigues foi exonerado do cargo de diretor da
Penitenciária Estadual de Maringá. O secretário de Justiça do Paraná, Jair
Ramos Braga, esteve ontem em Maringá com o novo diretor, Eduardo Krevieski,
cuja nomeação ocorreu no início do mês.

Fuga
Rodrigues comandou a PEM - desde a inauguração - durante uma dúzia de anos até
que sua administração acabou prejudicada pela inexplicável e aparentemente
fácil fuga de 15 presidiários, 8 dos quais já recapturados. Foi a primeira e
única fuga na penitenciária considerada modelo para o sistema prisional do
Paraná.

Mudança
Nós que conhecemos Rodrigues desde manobras militares quando ainda era tenente,
nunca tivemos conhecimento de qualquer coisa desabonadora à sua conduta e
competência. Há rumores de orquestração para derrubá-lo do cargo, uma manobra
que com certeza abre precedente ruim para a PEM. Afora isso, o novo diretor é
bem-vindo. Torcemos para que seja tão competente e honesto quanto o
antecessor.

Mais uma
Conhecida pelos paranaenses desde que foi candidata - não eleita - ao Senado,
Gleisi Hoffman acaba de passar o comando do PT estadual para a deputada
estadual Luciana Rafagnin. Carreirista, esposa de ministro, Gleisi agora quer
ser prefeita de Curitiba. Candidatura em detrimento de petistas curitibanos
tradicionais, sem apoio dessa base deverá levar um banho de votos do prefeito
Beto Richa.

Idem
Outro presidente do PT paranaense (até o início do ano), deputado federal André
Vargas, também caminha para uma derrota eleitoral municipal. Quer ser candidato
a prefeito de Londrina, onde o partido está desgastado por duas administrações
seguidas e funcionalismo querendo entrar em greve. Deverá perder feio para o
complicado (mas popular) ex-prefeito Antonio Belinatti.

Socos de mulher
Se o Brasil se orgulha de alguns boxeadores que foram campeões mundiais, em
breve poderá ser orgulhar também de uma boxeadora. A paranaense Rosilete Santos
enfrenta uma dura rotina para disputar o título mundial da categoria super
mosca - 52 quilos - dia 3 próximo em Stuttgart, na Alemanha.

Durona
A brasileira treina 4 horas por dia desde o início do mês, lutando para perder
o último dos 15 quilos que ganhou em recente gravidez. Sua adversária, a durona
bielo-russa Alésia Graf, é dona de dois cinturões mundiais, enquanto ela ocupa
a 15ª. posição no ranking internacional.

Pitaco no PMDB
Atualmente tucano, mas indignado porque viveu durante 30 anos o PMDB local,
Hércules Ananias não concorda com posições do presidente Umberto Crispim que
parece disposto a defenestrar tradicionais filiados do partido. E lança seu
desafio: “Se é para exigir fidelidade e obediência, por que o Crispim não
expulsa o deputado federal Odílio Balbinotti?”

Indócil
Segundo Hércules, Odílio disse com todas as letras e em alto e bom som,
“durante a última reunião estadual do PMDB em Maringá, no Hotel Deville, que não vai
apoiar o candidato a prefeito do partido. Que só vai apoiar quem o apoiou”. E
explica: “Ocorre que na eleição passada, o João Ivo Caleffi foi candidato a
deputado federal, disputando contra Odílio”.

Mau exemplo
Também para Hércules, o presidente do PMDB recentemente conspirou contra
interesses políticos locais, consequentemente contra Maringá: “Ele deveria ter
expulsado a si próprio na última eleição para deputado. É que ao invés de dar
exemplo, apoiar os candidatos do PMDB local, por motivos de seu particular
interesse apoiou candidatos de fora, o Artagão de Mattos Leão para deputado
estadual, e o Takayama, para deputado federal”.

Conquista
O deputado federal Ricardo Barros (PP) informou na tarde de ontem ao prefeito
em exercício, Roberto Pupin, que Maringá receberá do governo federal uma parcela
do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no valor de R$ 2.697.300,00 milhões
para habitação, cujo total é de R$ 25 milhões.

Terminal de álcool
Anunciado aos quatro ventos e comemorado como uma grande conquista para a
exportação do combustível brasileiro (o álcool feito de cana), o Terminal
Público de Álcool do Porto de Paranaguá, inaugurado em outubro do ano passado,
acaba de se transformar em um fiasco. Ele não serve para operar com etanol.

Falha de planejamento
Só agora vem à tona que só operará com álcool para compor bebidas e fármacos.
Para operar com o etanol, o álcool que interessa e que é produzido em grande
escala, o terminal precisará de substanciais modificações. Para dar idéia da
complexidade em custos, vamos traduzi-la em cifras: o terminal custou R$ 13
milhões. Para corrigir o erro o custo será de “apenas” mais R$ 7 milhões,
dinheiro que deverá ser bancado pelos usineiros interessados.