13.8.08

Maria, Senhora da Glória

PE. JULIO ANTÔNIO DA SILVA

1. O SIGNIFICADO DE MARIA NA HISTÓRIA DO CRISTIANISMO

Na história do Cristianismo, a pessoa de Maria ocupa um lugar
especialíssimo. Ela é Mãe de Jesus de Nazaré e Mãe do povo de Deus. Desde os
escritos da bíblia, no Novo Testamento, passando pelas reflexões dos
teólogos e das teólogas dos primeiros tempos da Igreja, há farta
documentação sobre a pessoa de Maria e de seu lugar insubstituível na
caminhada do povo. No século V, o Concílio de Éfeso (431), define o dogma da
maternidade divina de Maria: ela, verdadeiramente, é a Mãe de Deus! Desta
definição decorrem as modalidades de veneração que o povo cristão tem para
com Maria e a certeza de que ela participa dos mesmos méritos que obteve
Jesus Cristo, especialmente naquilo que aconteceu com ele depois desta vida:
sua ressurreição.
Assim como Cristo ressuscitou por sua fidelidade incondicional a
Deus-Pai, assim também aconteceu com Maria. Por sua fidelidade, Deus a
ressuscitou dos mortos. Nós dizemos para esse fato: Maria foi levada para a
glória dos céus. Por isso a chamamos de “NOSSA SENHORA DA GLÓRIA”! Isto é,
ela chegou à plenificação de vida que queremos chegar: à vida definitiva.
Ela atingiu a glória eterna!

2. ALGUNS DETALHES HISTÓRICOS GERAIS
Desde o século III, em Jerusalém, era celebrada a festa da
“Dormitio Virginis” (= dormição da Virgem Maria). No século VI, em Roma, já
era celebrada a festa da “Assumptio Sanctae Mariae” (= Assunção de Santa
Maria). Por isso, quando o Papa Pio XII consultou o povo de Deus sobre a
possibilidade de definir o dogma de fé da Assunção de Maria, manifestou-se
unanimidade de todos. E assim foi feito no dia 01 de novembro de 1950. Nesta
data, Pio XII declara e define que Maria ressuscitou e foi assumida na
totalidade de sua pessoa por Deus. Ela foi assunta aos céus. Daí a
expressão, “entrou na glória”... E o povo passou a aclamar Maria assim:
Nossa Senhora da Glória!

3. E EM MARINGÁ?
Para valorizar e destacar a proclamação do dogma da assunção de
Maria aos céus, o então bispo de Jacarezinho - diocese a que Maringá
pertencia -, Dom Geraldo de Proença Sigaud, a 05 de agosto de 1952, muda o
nome da antiga Paróquia da Santíssima Trindade para Paróquia Nossa Senhora
da Glória. Hoje, Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória.
A pedido de Dom Jaime Luiz Coelho, primeiro bispo e arcebispo de
Maringá, o Vaticano, através da Secretaria de Estado, na pessoa do Sr.
Cardeal Ângelo Sodano, em Decreto do Papa João Paulo II, a 14 de janeiro de
1995, confirma “a santíssima Virgem Maria invocada com o título de ‘Nossa
Senhora da Glória’ como padroeira, tanto da Arquidiocese, quanto da própria
cidade de Maringá, com todos os devidos direitos e privilégios litúrgicos
decorrentes segundo as rubricas...”

Pe. Júlio Antônio da Silva