3.9.08

Câmara versus Ariovaldo Costa Paulo

Resposta da Câmara Municipal de Maringá assinada por todos os vereadores, ao presidente do Observatório Social, Ariovaldo Costa Paulo:

“PRESIDENTE DE ONG PERSEGUE O LEGISLATIVO E EXPÕE NEGATIVAMENTE A CIDADE DE MARINGÁ”

“Ex-presidente da Acim – Associação Comercial e Industrial de Maringá, Ariovaldo Costa Paulo tornou-se arbitrário com os “poderes” adquiridos como atual presidente da Ong Observatório Social.
Ariovaldo extrapola em suas “denúncias” visando maldosa e preferencialmente a Câmara Municipal, apesar de ter consciência plena – como empresário e como ex-presidente da Acim – que a entrevista que prestou ao jornal O Globo (veiculada na edição de ontem), em nada colabora com a caça às bruxas da corrupção aberta no município no final da administração do então prefeito Jairo Gianoto, 9 anos atrás, coisas do século e do milênio passado.
Na matéria ele tece maldades com arbitrariedades e inverdades que servem apenas para enodoar nacionalmente o nome da cidade em que vive e prospera, inclusive avocando para a Ong que comanda, conquistas que na verdade partiram de decisões dos próprios vereadores.

NÚMEROS IRREAIS
Na reportagem cita, por exemplo, que “Antes que pudessem se encher de orgulho e proclamar que, nesta legislatura, aprovaram a sugestiva marca de 1.492 projetos, os vereadores de Maringá, Paraná, foram obrigados a rever suas contas”.
A introdução descamba para o balanço extra-oficial da Ong, “comprovando” que “apenas 73 projetos eram realmente considerados de mérito ou relevantes”.
Nessa introdução de poucas linhas Ariovaldo extrapolou na maldade e no papel que assumiu de juiz e promotor das atividades legislativas.
Vejamos o que real os vereadores estudaram e apresentaram – junto com o Executivo – no período citado: 1677 projetos de lei ordinária, 251 projetos de lei complementar, 51 projetos de decreto legislativo, 47 projetos de resolução e 9 propostas de emenda à Lei Orgânica. Também analisaram e aprovaram: 1334 leis ordinárias, 177 leis complementares, 50 decretos legislativos, 37 resoluções e 3 emendas à Lei Orgânica.
Ainda elaboraram e encaminharam ao Executivo Municipal, 2310 indicações de melhorias para os diversos bairros da cidade, mais 915 requerimentos para autoridades diversas.
Também não foram citadas as comissões especiais – trabalho dos vereadores - compostas na Câmara Municipal para atuar positivamente em favor dos interesses da comunidade.
Alguns exemplos de comissões: que esteve com o governador do Estado (março de 2005) para exigir melhorias na segurança pública; para discutir o Plano Diretor do Aeroporto (julho de 2005), levantamento sobre os problemas e custos do software utilizado pela Prefeitura Municipal (agosto de 2005), articulação de Câmaras Municipais para discutir a Região Metropolitana de Maringá (outubro de 2005), estudar e levantar os problemas de segurança pública na cidade (maio de 2006); colaborar, atuar e cobrar de autoridades responsáveis ações necessárias para coibir a violência (março de 2007); comissão para organização da numeração, denominação, duplicidade e outros problemas com relação a e identificação de endereços e logradouros; para estudar e levantar os problemas do Parque do Ingá.

JULGAMENTO IRRACIONAL
Para o presidente do Legislativo, John Alves Correa, além de desconhecer os números reais, o entrevistado procura minimizar o Poder Legislativo, prejudicando os vereadores em plena reta final da campanha eleitoral.
Ariovaldo ainda se coloca muito acima de qualquer juiz ou promotor para julgar o mérito e a qualidade do trabalho dos vereadores, ao afirmar categoricamente que “só 73 projetos eram considerados de mérito ou relevantes”; e ainda procurando ridiculariza-los com o seguinte “…cada vereador foi responsável, em média, por pouco mais de um projeto relevante por ano”.
Segundo o presidente da Câmara, é completamente descabido o julgamento do presidente da Ong que não vive a realidade diária dos vereadores, sobre o que é uma matéria ou projeto de mérito e relevância: “Vereadores são os representantes mais próximos da população de todos os bairros em suas necessidades e reivindicações.
Para cada cidadão é importante o que ele precisa e reivindica do poder público através do vereador.
Se vereador não resolvesse problema da cidade e da população, não era procurado pelos cidadãos em todas as horas do dia e da noite”.
John rebate também a divulgada ação da Ong sobre valores de diárias de vereadores, de gastos, etc.: “As proposições partiram dos próprios vereadores, portanto do corpo legislativo”.
O presidente da Câmara cita que o entrevistado escamoteou de informar coisas exemplares do Legislativo que surpreenderam até os representantes da Ong.
Um exemplo: o sistema de controle de estoques e de compras por licitação aberta, e que inclusive passou a ser utilizado pela Prefeitura de Maringá e por muitas outras câmaras.
Elas mandam seus representantes para conhecer os programas da Câmara maringaense, cuja contabilidade é sistematicamente aprovada pelo Tribunal de Contas do Paraná.
Também não disse que o Observatório foi para a Câmara e passou a varejar dados, por exclusivo convite do próprio Legislativo atual”.

MISTURA VENENOSA
Outro pano de fundo negativo para a entrevista prestada pelo titular da Ong, mistura Câmara Municipal e Prefeitura, gestão atual, repisando questão antiga e prejudicial para o bom nome de Maringá, sobre desfalque de R$ 100 milhões do orçamento anual de R$ 200 milhões da Prefeitura.
Quem lê a matéria e não é de Maringá, não sabe que isso ocorreu duas administrações atrás.
Segundo vários vereadores, se a Câmara agisse maldosamente contra Ariovaldo, mas não vai fazer isso, estaria cobrando, por exemplo, os resultados das viagens custeadas pelo Codem que Ariovaldo e outros empresários realizaram para o exterior, excursão por diversos países, para buscar recursos para gerar empresas tecnológicas e empregos; ou então uma definição para o terreno (seriam 24 mil m2 na rodovia próxima ao aeroporto) que o próprio Ariovaldo teria adquirido com subsídios, pagando apenas cerca de R$ 20 mil na tão denunciada administração do prefeito Jairo Gianoto.
Passou o prazo oficial que seria de 5 anos, ele continua com o lote sob o seu poder e ainda não foi construída a empresa prometida para gerar empregos e renda para o Município.
A Câmara Municipal de Maringá acaba de receber as informações sobre esse terreno e vai fiscalizar em defesa dos interesses da coletividade”.