4.9.08

Relembrando I

A farsa da redução do preço passagem: Silvio II elegeu-se prometendo baixar o preço da passagem de ônibus de R$ 1, 5, para R$ 1,35, e realmente o fez. Editou um decreto logo no final de janeiro de 2005, aparentemente tudo combinado com a TCCC, que em seguida entrou na justiça e apresentou uma planilha demonstrando que tinha direito, por contrato, a um reajuste e o preço voltou para R$ 1,60, só que a Prefeitura passou a pagar dos nossos impostos, e subsidiando o passe do estudante, o equivalente a R$ 0,13 por passagem. Resultado: a passagem que era R$ 1,65, passou, na prática, para R$ 1,73 e para todos os efeitos a promessa de baixar a passagem foi cumprida. Pior, houve um benefício indireto para os empresários que pagam o vale transporte, em detrimento dos mais pobres, pois a parte da passagem que passou a ser bancada por todos os contribuintes poderia estar sendo aplicada na saúde, por exemplo, e reduzir a fila das consultas especializadas.
Depois houve a negociação do fim dos cobradores, que dever representar mais uma redução de custos de aproximadamente R$ 0,20 na passagem, e o preço diferenciado para pagamento em dinheiro que beneficia a empresa, pois obriga o uso do cartão recebe adiantado.
Resumindo: o preço da passagem de ônibus, no cartão, representa hoje aproximadamente R$ 2,33 e em dinheiro R$ 2,63, considerando que R$ 0,13 é de subsídio pelo passe do estudante, e cerca de R$ 0,20 é de redução de custos pela dispensa dos cobradores. Então a promessa de redução foi uma farsa, e outras pessoas já alertaram. Agora Quinteiro promete a ‘domingueira’, passagem R$ 1,00 aos domingos, e Silvio diz que não é possível. Ontem Batista prometeu passagem a R$ 1,00, em dias úteis em algumas linhas (acredito que dentro de esquema de ajuda da candidatura oficial) o que só reforça que o caso do transporte coletivo em Maringá é uma caixa preta. Alguns estão ganhando, e não são os contribuintes. O povo maringaense precisa saber a verdade.

Akino Maringá, analista político