A disparidade entre o tostão e os milhões nas eleições
MARIA NEWNUM
No calor do processo eleitoral poucos eleitores/as param para avaliar os milhões gastos nas campanhas de vereadores/as e prefeitos/as de suas cidades. Esse fato parece ser peculiar nos países latino-americanos.
Poucos avaliam, que o salário que os “eleitos/as” receberão durante o exercício de seus cargos, será absolutamente insuficiente para cobrir os milhões gastos em suas campanhas.
Há uma regra que obriga o registro dos gastos de campanha num organismo público; no Brasil isso é feito no Tribunal Regional Eleitoral - TRE, cujo acesso é público. Mas a maioria do eleitorado não se preocupa em conhecer os dados disponíveis nos órgãos oficiais.
Quem sabe o salário de Prefeito/a ou de vereador/a de sua cidade?
Avalie se o salário dos/as Eleitos/as condiz com os gastos feitos na campanha. Do contrário, assuma que alguém vai pagar o desfalque. Pergunte: Quem financiou essas campanhas? O que pedirá em troca no futuro?
Não existe cafezinho de graça. Tudo será cobrado com juros e correções.
É importante conhecer os gastos dos/as que concorreram ao pleito e, observar as “doações” milionárias feitas por empresas e indivíduo que, de fato, não “doaram”; fizeram um “investimento”...
Esse “investimento”, certamente não sairá do bolso dos/as “eleitos/as” e sim, dos postos de saúde, dos hospitais, das creches, do salário dos professores/as, da segurança, da iluminação e conservação ruas; enfim, do bolso dos munícipes. Lembre-se, não há cafezinho grátis...
Em todos os países latino-americanos, o eleitorado teve oportunidade de assistir o horário eleitoral e constatar a produção “rica” por parte de alguns/as candidatos/as, contrapondo-se à simplicidade e despojamento por parte de outros/as. Uma coisa é certa: Os/as últimos/as deixam evidente que poderiam governar livres de qualquer “retribuição” futura. Mas quantos/as que fizerem uma campanha “pobre” foram eleitos/as?
Porém, todavia e, contudo o fechamento das urnas, não encerra a responsabilidade do eleitorado. O processo democrático é uma constante para homens e mulheres cientes de seus papéis políticos, voltados para a “pólis”, ou seja, para o bem comum da comunidade composta de ricos e pobres.
Se nessas eleições, sentiu que os valores da “pólis” foram preservados, festeje! Do Contrário, continue buscando alcançar o alvo. Lembrando que o fechamento das urnas não encerra sua responsabilidade eleitoral.
___________
Maria Newnum é pedagoga, mestre em teologia prática, Ex- vice-presidente do Movimento Ecumênico de Maringá; coordenadora do Café Teológico e atualmente desfilada de um partido político.
Para comentar ou ler outros artigos clique aqui.
No calor do processo eleitoral poucos eleitores/as param para avaliar os milhões gastos nas campanhas de vereadores/as e prefeitos/as de suas cidades. Esse fato parece ser peculiar nos países latino-americanos.
Poucos avaliam, que o salário que os “eleitos/as” receberão durante o exercício de seus cargos, será absolutamente insuficiente para cobrir os milhões gastos em suas campanhas.
Há uma regra que obriga o registro dos gastos de campanha num organismo público; no Brasil isso é feito no Tribunal Regional Eleitoral - TRE, cujo acesso é público. Mas a maioria do eleitorado não se preocupa em conhecer os dados disponíveis nos órgãos oficiais.
Quem sabe o salário de Prefeito/a ou de vereador/a de sua cidade?
Avalie se o salário dos/as Eleitos/as condiz com os gastos feitos na campanha. Do contrário, assuma que alguém vai pagar o desfalque. Pergunte: Quem financiou essas campanhas? O que pedirá em troca no futuro?
Não existe cafezinho de graça. Tudo será cobrado com juros e correções.
É importante conhecer os gastos dos/as que concorreram ao pleito e, observar as “doações” milionárias feitas por empresas e indivíduo que, de fato, não “doaram”; fizeram um “investimento”...
Esse “investimento”, certamente não sairá do bolso dos/as “eleitos/as” e sim, dos postos de saúde, dos hospitais, das creches, do salário dos professores/as, da segurança, da iluminação e conservação ruas; enfim, do bolso dos munícipes. Lembre-se, não há cafezinho grátis...
Em todos os países latino-americanos, o eleitorado teve oportunidade de assistir o horário eleitoral e constatar a produção “rica” por parte de alguns/as candidatos/as, contrapondo-se à simplicidade e despojamento por parte de outros/as. Uma coisa é certa: Os/as últimos/as deixam evidente que poderiam governar livres de qualquer “retribuição” futura. Mas quantos/as que fizerem uma campanha “pobre” foram eleitos/as?
Porém, todavia e, contudo o fechamento das urnas, não encerra a responsabilidade do eleitorado. O processo democrático é uma constante para homens e mulheres cientes de seus papéis políticos, voltados para a “pólis”, ou seja, para o bem comum da comunidade composta de ricos e pobres.
Se nessas eleições, sentiu que os valores da “pólis” foram preservados, festeje! Do Contrário, continue buscando alcançar o alvo. Lembrando que o fechamento das urnas não encerra sua responsabilidade eleitoral.
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Maria Newnum é pedagoga, mestre em teologia prática, Ex- vice-presidente do Movimento Ecumênico de Maringá; coordenadora do Café Teológico e atualmente desfilada de um partido político.
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