Para o presidente ler e meditar
HÉLIO FERNANDES
Não estudou porque não pôde,
Não lê por que não quer?
A revista “Piauí” fez entrevista (exclusiva) com o presidente Lula. Mas publicou de forma diferente, ficou até mais interessante do que a maneira habitual de perguntas e respostas. Só que o Planalto-Alvorada não gostou, resolveu distribuir a entrevista gravada. É um direito.
A revista editou a entrevista como quis, o Planalto-Alvorada fez o mesmo. Só que encheu a matéria de asteriscos, como os jornalões fazem com as cartas que são muito grandes.
Colocaram apenas o que os “comunicólogos” palacianos achavam importante. Mas como são geniais (ou displicentes?) não perceberam que deixaram passar contradição condenatória. Com ar, clima e tom de “menas” verdade.
No texto liberado, leia-se, distribuído, o presidente Lula: “Não há hipótese de um presidente ser desinformado”.
Ué, quando houve o escândalo do mensalão, forjado no Planalto-Alvorada (que levou 40 a serem julgados pelo Supremo), o mesmo Lula visitou manchetes e programas de televisão, dizendo: “Eu não sabia de nada”.
A liberdade de afirmar, de opinar, de informar, não é privilégio da imprensa ou do Poder público, leia-se, presidente da República. Os dois lados erram, o que é mais do que natural e compreensível. Mas não podem confessar, como fez Lula, que não leem por não ter confiança.
Se ele não lê, confissão espantosa principalmente por não ser verdadeira, como não confia na imprensa? Em algum tempo, época ou momento ele leu? Quando foi candidato a governador de São Paulo e entre 5 candidatos foi o quinto colocado, não leu nada?
Depois, sendo o único cidadão de todo o mundo ocidental que perdeu para presidente três vezes seguidas se elegendo na quarta, não leu nada sobre isso?
Outros como Mitterrand, Salvador Allende, o pastor americano William Jennings Bryan (1896-1900, 1908) concorreram 3 vezes a presidente, mas não seguidas.
Os dois primeiros acabaram se elegendo (como Lula), o pastor americano que arrastava multidões para as suas pregações, não conseguia transformar essa adoração em votos.
O presidente Lula não lê nem vê as pesquisas que lhe dão 80 por cento de popularidade? De qualquer maneira acaba sabendo e acredita que é “o dono” desses 80 por cento de popularidade ou seria “popularidade?”
O presidente não pôde deixar de mostrar total ressentimento com a imprensa (rádio, jornal, revista, televisão. Nem blog ele lê?) Não está na entrevista, mas o próprio Lula já disse e repetiu: “Os pessimistas torcem para que dê tudo errado”.
Primeiro deveria definir o que é “pessimista”. Depois, onde estão. Pelo outro lado, quem é “otimista?” Os que elogiam sempre? Mas elogiam em vão, pois o presidente não lê, não vê, não ouve, então é tempo perdido.
Mas como hoje no mundo as duas palavras mais importantes são VISIBILIDADE e RECIPROCIDADE, o Planalto-Alvorada aumentou as verbas de publicidades para este ano em 35 por cento. Ou seja: 548 milhões. Na Era do trilhão, não é muito.
Lógico, aumentaram sem o Lula saber, não haverá privilégio na destinação desse dinheiro. Lula não precisa saber ou ordenar, o que vale é o “ideário” de sempre: tudo para os amestrados, tão confiáveis quanto “um assessor no qual confio”.
PS – Lula citou dois “assessores mais confiáveis do que um artigo”. Uma é profissional verdadeira, cumpre sua obrigação, com dedicação e competência.
PS 2 – O outro é um aventureiro-carreirista, “comunicólogo” oficial. Tão oficial que se enquadra na identificação de “poste”. Se Dona Dilma desaparecer (o que acontecerá inevitavelmente), ele admite ocupar esse espaço no ostracismo palaciano. Nunca tantos disputaram tanto essa “promoção ao ostracismo”.
Não estudou porque não pôde,
Não lê por que não quer?
A revista “Piauí” fez entrevista (exclusiva) com o presidente Lula. Mas publicou de forma diferente, ficou até mais interessante do que a maneira habitual de perguntas e respostas. Só que o Planalto-Alvorada não gostou, resolveu distribuir a entrevista gravada. É um direito.
A revista editou a entrevista como quis, o Planalto-Alvorada fez o mesmo. Só que encheu a matéria de asteriscos, como os jornalões fazem com as cartas que são muito grandes.
Colocaram apenas o que os “comunicólogos” palacianos achavam importante. Mas como são geniais (ou displicentes?) não perceberam que deixaram passar contradição condenatória. Com ar, clima e tom de “menas” verdade.
No texto liberado, leia-se, distribuído, o presidente Lula: “Não há hipótese de um presidente ser desinformado”.
Ué, quando houve o escândalo do mensalão, forjado no Planalto-Alvorada (que levou 40 a serem julgados pelo Supremo), o mesmo Lula visitou manchetes e programas de televisão, dizendo: “Eu não sabia de nada”.
A liberdade de afirmar, de opinar, de informar, não é privilégio da imprensa ou do Poder público, leia-se, presidente da República. Os dois lados erram, o que é mais do que natural e compreensível. Mas não podem confessar, como fez Lula, que não leem por não ter confiança.
Se ele não lê, confissão espantosa principalmente por não ser verdadeira, como não confia na imprensa? Em algum tempo, época ou momento ele leu? Quando foi candidato a governador de São Paulo e entre 5 candidatos foi o quinto colocado, não leu nada?
Depois, sendo o único cidadão de todo o mundo ocidental que perdeu para presidente três vezes seguidas se elegendo na quarta, não leu nada sobre isso?
Outros como Mitterrand, Salvador Allende, o pastor americano William Jennings Bryan (1896-1900, 1908) concorreram 3 vezes a presidente, mas não seguidas.
Os dois primeiros acabaram se elegendo (como Lula), o pastor americano que arrastava multidões para as suas pregações, não conseguia transformar essa adoração em votos.
O presidente Lula não lê nem vê as pesquisas que lhe dão 80 por cento de popularidade? De qualquer maneira acaba sabendo e acredita que é “o dono” desses 80 por cento de popularidade ou seria “popularidade?”
O presidente não pôde deixar de mostrar total ressentimento com a imprensa (rádio, jornal, revista, televisão. Nem blog ele lê?) Não está na entrevista, mas o próprio Lula já disse e repetiu: “Os pessimistas torcem para que dê tudo errado”.
Primeiro deveria definir o que é “pessimista”. Depois, onde estão. Pelo outro lado, quem é “otimista?” Os que elogiam sempre? Mas elogiam em vão, pois o presidente não lê, não vê, não ouve, então é tempo perdido.
Mas como hoje no mundo as duas palavras mais importantes são VISIBILIDADE e RECIPROCIDADE, o Planalto-Alvorada aumentou as verbas de publicidades para este ano em 35 por cento. Ou seja: 548 milhões. Na Era do trilhão, não é muito.
Lógico, aumentaram sem o Lula saber, não haverá privilégio na destinação desse dinheiro. Lula não precisa saber ou ordenar, o que vale é o “ideário” de sempre: tudo para os amestrados, tão confiáveis quanto “um assessor no qual confio”.
PS – Lula citou dois “assessores mais confiáveis do que um artigo”. Uma é profissional verdadeira, cumpre sua obrigação, com dedicação e competência.
PS 2 – O outro é um aventureiro-carreirista, “comunicólogo” oficial. Tão oficial que se enquadra na identificação de “poste”. Se Dona Dilma desaparecer (o que acontecerá inevitavelmente), ele admite ocupar esse espaço no ostracismo palaciano. Nunca tantos disputaram tanto essa “promoção ao ostracismo”.
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