3.4.09

Corte de cargos da Câmara é muito menor que o esperado, afirma Verri

Na sessão da última terça-feira (31) o Grupo Administrativo de Trabalho, responsável por fazer um estudo dos atuais cargos da Câmara Municipal de Maringá (CMM) e apresentar possíveis cortes e readequações, entregou o relatório final do estudo ao presidente Mário Hossokawa. O grupo é formado pelos vereadores Dr. Heine Macieira, Zebrão, Dr. Sabóia, Evandro Júnior e Dr. Paulo Soni e pelos funcionários António Ap. Dias Baptista, Elaine Cristine de Carvalho Miranda, Luiz Ricieri Longhini Fernandes, Damaris Gonçalves Josepetti e Ivan Marcos de Souza Garcia.
Ao receber o documento, o presidente da CMM, Mário Hossokawa, afirmou não ter conhecimento do conteúdo, mas que iria analisar a sugestão feita. “É normal acatarmos a decisão da comissão, mas nada impede que sejam feitas análises”, garantiu. Logo após Hossokawa disse em plenário que aquele era um documento público e que seria entregue aos demais vereadores e à imprensa no dia seguinte. Os vereadores receberam a cópia integral do estudo no início da tarde da quarta-feira (01), já a imprensa recebeu apenas o parecer final, sem anexos com as tabelas.
Hoje existem 78 cargos comissionados (CC) na estrutura administrativa da CMM, além dos assessores parlamentares (AP) contratados com uma verba total de R$7.215 mil para cada vereador. O relatório apresentou dois estudos, um feito pelos servidores participantes da comissão, embasado em pareceres técnicos e outro, o final, definido pelos cinco vereadores escolhidos.
O primeiro relatório propôs diversas mudanças que incluíam a extinção de 70 cargos comissionados, todos os assessores parlamentares dos gabinetes dos vereadores e 3 cargos efetivos e criação de 7 cargos comissionados para a administração, 21 efetivos e 90 cargos comissionados que substituiriam aos atuais assessores dos gabinetes. A folha de pagamento da Câmara iria de aproximadamente R$5,785 milhões para R$4,135 milhões, uma diferença de R$1,65 milhão.
O segundo relatório, assinado pelos vereadores Dr. Heine Macieira, Zebrão, Dr. Sabóia, Evandro Júnior e Dr. Paulo Soni, apresenta a extinção de 22 cargos comissionados e a criação de 23 cargos efetivos, por meio de concurso público. Além disso, eles prevêem a finalização da elaboração de um novo Organograma para a CMM. Depois de entregue o relatório cabe ao presidente da Câmara, Mário Hossokawa, acatar a sugestão ou definir novas mudanças.
Segundo o vereador Mário Verri a mudança final proposta é muito menor do que a esperada pelos demais vereadores e a população. “Concordo com quase todo o primeiro relatório, o apresentado pelos funcionários, que fizeram um estudo detalhado. Minha única objeção é a substituição dos APs por CCs, pois a divisão dos salários seria mais injusta e aumentaria verba dos gabinetes, que acredito ser suficiente hoje”, afirmou.
Verri disse ainda que ele e os vereadores Humberto Henrique, Dr. Manoel Sobrinho, Marly Matin e Flávio Vicente fizeram um estudo a parte que indicou que a Câmara conseguiria manter seu setor administrativo com 10 CCs e mais alguns funcionários contratados por meio de concurso público. “É possível reduzirmos de R$2 a R$3 milhões só em salários”, declarou Verri questionando a afirmação feita que com os 22 cargos cortados e a economia em água, gasolina e telefone será economizado R$2 milhões esse ano. “É louvável que o presidente da Câmara queira reduzir em outros aspectos. Mas essa economia acontece porque a Câmara era muito mal administrada”, ressaltou Mário Verri.