Sugestão de pauta para O Diário
MARIA NEWNUM
O jornal O Diário do Norte do Paraná na edição do dia 28 de abril de 2009 – Ano XXXV- Número 10.802 traz matéria assinada pela jornalista Vanda Munhoz sobre o ex-colunistas desse jornal Eliel Diniz (e sua esposa Maysa Facci) que, segundo foi comprovado em análises periciais, eram responsáveis pelo blog “Ti-ti-ti Antisocial By Candinha”.
O conteúdo ácido do blog, denunciado por pessoas que se sentiram caluniadas e atacadas em sua honra, entre as quais profissionais liberais, empresários e até juízes, ganhou eco não apenas na mídia, mas no âmbito da justiça local.
Segundo a promotora Arisângela Cristina Tibeletti Vargas da Silva, a análise do perito em crimes cibernéticos Wanderson Castilho nos computadores pessoais do casal, evidenciou os crimes praticados. Os danos sofridos pelas vítimas correm em boca pequena na cidade, em especial no blog do jornalista Ângelo Rigon, que inclui até uma vitima de enfarto em função da difamação feita no “Ti-ti-ti Antisocial By Candinha”.
Segundo a matéria de Vanda Munhoz, o Ministério Público oferecerá os dados à justiça, o que possibilitará que as pessoas lesadas denunciem, na certeza que serão ouvidas.
Embora o blog “Ti-ti-ti Antisocial By Candinha” estivesse no “ar” há mais de dois anos, muitos maringaenses o desconheciam. Mas é certo que gerou uma ação sem precedente na história jurídica frente aos crimes cibernéticos em Maringá. Primeiramente pela rapidez na solução do caso e segundo pelo empenho do principal jornal da cidade em divulgar a foto e os fatos desse crime praticado por um indivíduo que era, na época, parte de seu corpo funcional. Ouve-se que O Diário reagiu porque descobriu-se vítima do blog “Ti-ti-ti Antisocial By Candinha”.
Evidentemente, caso isso tenha ocorrido, em nada desabona a veia do jornalismo “sério” que em tese “orienta” esse e outros jornais: “Às vezes é preciso cortar a própria carne”, no intuito de preservar a seriedade jornalística, ao passo que às vezes é preciso empenhar o próprio nome em defesa da preservação das “fontes” e dos profissionais que dão seu “sangue” pela notícia e pelo jornal ao qual estão filiados. Nesse último item, infelizmente, ficou evidente a falha do jornal O Diário para com sua ex-jornalista Rose Leonel, vitimada pelo mesmo crime, ao qual agora, O Diário deu plena cobertura.
De qualquer modo, o caráter reconhecidamente criminal do blog “Ti-ti-ti Antisocial By Candinha”, possibilita uma dimensão real para o jornal O Diário, e para a população, sobre o que há de deletério no anonimato grotesco e desumano que caracteriza os crimes cibernéticos. Ou seja, uma realidade da qual pessoas e instituições facilmente se tornam reféns desse tipo hediondo de abuso moral.
Daí uma oportuna sugestão de “errata” que pode colocar O Diário na contramão do lugar comum ao admitir que até os jornais sérios erram.
Uma proposta de pauta é: “Crime cibernético como o que aconteceu à ex-jornalista de nosso jornal Rose Leonel estão com os dias contados em Maringá”.
A chamada é longa, mas justifica cada letra; não apenas por Rose Leonel, mas por toda a desumanidade preconizada pelos crimes cibernéticos.
___________
Maria Newnum é pedagoga, mestre em teologia prática, articulista e luta contra injustiças com mulheres
Fonte para esse ensaio: http://4.bp.blogspot.com/_L9MGDDtN6ws/SfZWXXa-a-SI/AAAAAAAAKNs/FwpT0_3vgWU/s1600-h/eliel4.jpg
O jornal O Diário do Norte do Paraná na edição do dia 28 de abril de 2009 – Ano XXXV- Número 10.802 traz matéria assinada pela jornalista Vanda Munhoz sobre o ex-colunistas desse jornal Eliel Diniz (e sua esposa Maysa Facci) que, segundo foi comprovado em análises periciais, eram responsáveis pelo blog “Ti-ti-ti Antisocial By Candinha”.
O conteúdo ácido do blog, denunciado por pessoas que se sentiram caluniadas e atacadas em sua honra, entre as quais profissionais liberais, empresários e até juízes, ganhou eco não apenas na mídia, mas no âmbito da justiça local.
Segundo a promotora Arisângela Cristina Tibeletti Vargas da Silva, a análise do perito em crimes cibernéticos Wanderson Castilho nos computadores pessoais do casal, evidenciou os crimes praticados. Os danos sofridos pelas vítimas correm em boca pequena na cidade, em especial no blog do jornalista Ângelo Rigon, que inclui até uma vitima de enfarto em função da difamação feita no “Ti-ti-ti Antisocial By Candinha”.
Segundo a matéria de Vanda Munhoz, o Ministério Público oferecerá os dados à justiça, o que possibilitará que as pessoas lesadas denunciem, na certeza que serão ouvidas.
Embora o blog “Ti-ti-ti Antisocial By Candinha” estivesse no “ar” há mais de dois anos, muitos maringaenses o desconheciam. Mas é certo que gerou uma ação sem precedente na história jurídica frente aos crimes cibernéticos em Maringá. Primeiramente pela rapidez na solução do caso e segundo pelo empenho do principal jornal da cidade em divulgar a foto e os fatos desse crime praticado por um indivíduo que era, na época, parte de seu corpo funcional. Ouve-se que O Diário reagiu porque descobriu-se vítima do blog “Ti-ti-ti Antisocial By Candinha”.
Evidentemente, caso isso tenha ocorrido, em nada desabona a veia do jornalismo “sério” que em tese “orienta” esse e outros jornais: “Às vezes é preciso cortar a própria carne”, no intuito de preservar a seriedade jornalística, ao passo que às vezes é preciso empenhar o próprio nome em defesa da preservação das “fontes” e dos profissionais que dão seu “sangue” pela notícia e pelo jornal ao qual estão filiados. Nesse último item, infelizmente, ficou evidente a falha do jornal O Diário para com sua ex-jornalista Rose Leonel, vitimada pelo mesmo crime, ao qual agora, O Diário deu plena cobertura.
De qualquer modo, o caráter reconhecidamente criminal do blog “Ti-ti-ti Antisocial By Candinha”, possibilita uma dimensão real para o jornal O Diário, e para a população, sobre o que há de deletério no anonimato grotesco e desumano que caracteriza os crimes cibernéticos. Ou seja, uma realidade da qual pessoas e instituições facilmente se tornam reféns desse tipo hediondo de abuso moral.
Daí uma oportuna sugestão de “errata” que pode colocar O Diário na contramão do lugar comum ao admitir que até os jornais sérios erram.
Uma proposta de pauta é: “Crime cibernético como o que aconteceu à ex-jornalista de nosso jornal Rose Leonel estão com os dias contados em Maringá”.
A chamada é longa, mas justifica cada letra; não apenas por Rose Leonel, mas por toda a desumanidade preconizada pelos crimes cibernéticos.
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Maria Newnum é pedagoga, mestre em teologia prática, articulista e luta contra injustiças com mulheres
Fonte para esse ensaio: http://4.bp.blogspot.com/_L9MGDDtN6ws/SfZWXXa-a-SI/AAAAAAAAKNs/FwpT0_3vgWU/s1600-h/eliel4.jpg
posted by Editor at 07:21
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