Certos alunos de jornalismo...
Cezar Lima
Há cerca de quatro anos, fui procurado por alunos que cursavam o ultimo ano de jornalismo, em um dos cursos em Maringá. Eles queriam participar de uma prova da “Fórmula Truck” em Londrina e queriam ir – para fazerem matéria específica em um de meus jornais, no caso o “Truck Jornal da Fórmula”. OK, concordei, incentivando-os e disse-lhes: quantas credenciais,precisam? – queriam 7: quatro para eles e mais 3 para namoradas(os). De cara, “brequei”, falei do profissionalismo e cedi-lhes três (3) credenciais e perguntei: vocês tem “maquinas fotográficas”? – um respondeu que sim, mas não digital e apresentou-me uma “Pentax”, muito boa e com bom zoom. Perguntei-lhe que filme, usava e ele respondeu: de “100 asa” e eu lhe disse: eu forneço os filmes, só que de “400 asa” e orientei: cheguem antes das 7 da manhã. Por que? Perguntaram. E ai, disse-lhes: - para se fazer reportagem da Truck, é preciso se conhecer os bastidores,ver o amanhecer das escuderias, conhecer o pessoal que trabalha em diversas atividades, ver pessoas que chegam, saber das cidades que vieram, porque vieram, enfim, se inteirar do mundo automotivo, etc,etc. – O conselho, foi em vão, chegaram já meio “chapados” por volta das 11:00 horas.Entreguei 4 filmes Kodak de 36 exposições,com 400 asa e ai veio a pergunta: “com esse filme,como regulo a máquina?” – Expliquei,detalhei e deixei-lhes a vontade e disse-lhes: na minha próxima edição, cedo-lhes quatro páginas de espaço.Escrevam o melhor que puderem... não escreveram uma única linha! E fotos da corrida de caminhões, também não vi nenhuma, mas soube que tiraram várias de umas Ferrari,que desfilaram no “Autódromo Internacional Ayrton Senna” em Londrina. Este desabafo de um jornalista não formado em Universidade, vai de encontro, vem de encontro à recente decisão do STF, de “não obrigatoriedade de diploma específico para jornalista”. A exemplo de muitos, sou da época de iniciante em jornalismo com Aristeu Brandespin,Ivens Lagoano Pacheco,Ardinal Ribas, Tavares.Fiz “escola” com o “disgraçido” do Milanez, na “Folha de Londrina”, da época do Jota,Giovanni Galetto, Walter Pietrangelo , Depois fui fazendo “graduação” no “Fronteira Agrícola”, no “IPC – International Press Corporation”,etc., e fotos em máquinas fotográficas “Yashica” e outras similares usando filmes “orvo” “6x6” e depois em “36 mm” e arte em “laboratório P&B”, aprendi com o Alberto Grochikoff e quando tinha dúvidas perguntava ao exponencial mestre Kenji Ueta, e cresci, espelhando-me no A.A.de Assis, Ary de Lima, Dom Jaime, Baddini pai, Samuel Silveira e tantos e tantos outros “professores” de antanho, mas, todos, brilhantes em suas áreas e em comunicação impressa. Ser jornalista, não é formação, mas vocação. Mas, nada contra com quem estuda e se forma. Com “paixão” no que se faz,no que se escreve, sempre haverá lugar para todos, formados ou não. Não existe e nunca existirão fronteiras para se levar e se divulgar informações. Há mais de 30 anos trabalhando em jornais e há 26, editando jornais – distribuindo-os de graça, tenho percebido que a maioria dos leitores, não lêem jornais por dois motivos básicos: 1º poder aquisitivo baixo e 2º - falta de cultura para ler jornais. O “Poder de Informar”, vem desde a Monarquia e o Império, onde “pasquins” eram impressos na era “Guttemberg” e uns poucos exemplares eram distribuídos e “disputados” pela população. Hoje em Maringá, apenas os jornais diários, são vendidos. Os demais que circulam, são todos gratuitos e naturalmente,todos geram lucros aos seus editores, pois a publicidade neles inseridas(os) são pagas.
Há cerca de quatro anos, fui procurado por alunos que cursavam o ultimo ano de jornalismo, em um dos cursos em Maringá. Eles queriam participar de uma prova da “Fórmula Truck” em Londrina e queriam ir – para fazerem matéria específica em um de meus jornais, no caso o “Truck Jornal da Fórmula”. OK, concordei, incentivando-os e disse-lhes: quantas credenciais,precisam? – queriam 7: quatro para eles e mais 3 para namoradas(os). De cara, “brequei”, falei do profissionalismo e cedi-lhes três (3) credenciais e perguntei: vocês tem “maquinas fotográficas”? – um respondeu que sim, mas não digital e apresentou-me uma “Pentax”, muito boa e com bom zoom. Perguntei-lhe que filme, usava e ele respondeu: de “100 asa” e eu lhe disse: eu forneço os filmes, só que de “400 asa” e orientei: cheguem antes das 7 da manhã. Por que? Perguntaram. E ai, disse-lhes: - para se fazer reportagem da Truck, é preciso se conhecer os bastidores,ver o amanhecer das escuderias, conhecer o pessoal que trabalha em diversas atividades, ver pessoas que chegam, saber das cidades que vieram, porque vieram, enfim, se inteirar do mundo automotivo, etc,etc. – O conselho, foi em vão, chegaram já meio “chapados” por volta das 11:00 horas.Entreguei 4 filmes Kodak de 36 exposições,com 400 asa e ai veio a pergunta: “com esse filme,como regulo a máquina?” – Expliquei,detalhei e deixei-lhes a vontade e disse-lhes: na minha próxima edição, cedo-lhes quatro páginas de espaço.Escrevam o melhor que puderem... não escreveram uma única linha! E fotos da corrida de caminhões, também não vi nenhuma, mas soube que tiraram várias de umas Ferrari,que desfilaram no “Autódromo Internacional Ayrton Senna” em Londrina. Este desabafo de um jornalista não formado em Universidade, vai de encontro, vem de encontro à recente decisão do STF, de “não obrigatoriedade de diploma específico para jornalista”. A exemplo de muitos, sou da época de iniciante em jornalismo com Aristeu Brandespin,Ivens Lagoano Pacheco,Ardinal Ribas, Tavares.Fiz “escola” com o “disgraçido” do Milanez, na “Folha de Londrina”, da época do Jota,Giovanni Galetto, Walter Pietrangelo , Depois fui fazendo “graduação” no “Fronteira Agrícola”, no “IPC – International Press Corporation”,etc., e fotos em máquinas fotográficas “Yashica” e outras similares usando filmes “orvo” “6x6” e depois em “36 mm” e arte em “laboratório P&B”, aprendi com o Alberto Grochikoff e quando tinha dúvidas perguntava ao exponencial mestre Kenji Ueta, e cresci, espelhando-me no A.A.de Assis, Ary de Lima, Dom Jaime, Baddini pai, Samuel Silveira e tantos e tantos outros “professores” de antanho, mas, todos, brilhantes em suas áreas e em comunicação impressa. Ser jornalista, não é formação, mas vocação. Mas, nada contra com quem estuda e se forma. Com “paixão” no que se faz,no que se escreve, sempre haverá lugar para todos, formados ou não. Não existe e nunca existirão fronteiras para se levar e se divulgar informações. Há mais de 30 anos trabalhando em jornais e há 26, editando jornais – distribuindo-os de graça, tenho percebido que a maioria dos leitores, não lêem jornais por dois motivos básicos: 1º poder aquisitivo baixo e 2º - falta de cultura para ler jornais. O “Poder de Informar”, vem desde a Monarquia e o Império, onde “pasquins” eram impressos na era “Guttemberg” e uns poucos exemplares eram distribuídos e “disputados” pela população. Hoje em Maringá, apenas os jornais diários, são vendidos. Os demais que circulam, são todos gratuitos e naturalmente,todos geram lucros aos seus editores, pois a publicidade neles inseridas(os) são pagas.
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