Dia 13 festejamos Santo Antônio
Santo Antônio de Lisboa e de Pádua é conhecido e amado no mundo inteiro e conquistou fiéis em todos os cantos. Foi um grande missionário e profundo conhecedor da Bíblia, o que lhe conferiu o título de Doutor da Igreja. É o santo das tradições populares e dos mais variados milagres, como a ressuscitação dos mortos, a cura de doenças, o dom da onipresença, a restituição das coisas perdidas, entre outros. É o santo invocado para todas as aflições. Fiéis devotos já conhecem todas essas atribuições ao santo, portanto vamos conhecer um pouco mais sobre a sua história.
Nascido em berço de ouro em 1195, Fernando Martim de Bulhões e Taveira Azevedo era seu nome de batismo. O santo português de nascimento (Lisboa, Portugal) trocou o conforto de uma família de posses e viveu para anunciar a palavra de Deus. Aos 15 anos, entrou para o Mosteiro de São Vicente de Fora dos Agostinianos. Com a chegada das relíquias de cinco mártires franciscanos, o santo - encantado com a simplicidade em que viviam os freis - entrou para a Ordem Franciscana e adotou o nome de Antônio em homenagem a Santo Antão.
Partiu então para o Marrocos, com o objetivo de converter os sarracenos, mas ao aportar no continente africano ficou doente, sendo obrigado a voltar para casa. Por causa de uma forte tempestade, seu barco aportou na Sicília, Itália. Recuperando-se na Itália conheceu São Francisco, em Assis, este que foi seu mestre e grande fonte de inspiração.
Conhecido como um pregador e orador nato, Santo Antônio tinha imenso prazer em dialogar, escutando as pessoas pacientemente e ajudando-as. Possuía zelo e eloquência sem iguais, sendo um fiel imitador de Cristo, na humildade dos costumes e na pregação do evangelho por onde quer que fosse. Era carismático, amante da pobreza e defendia os desfavorecidos. Viajou por toda Itália e fixou-se em Pádua, cidade em que morreu ainda moço, a 13 de junho de 1231. Foi canonizado apenas 11 meses depois de sua morte – o processo de sua canonização é, ainda hoje, um dos mais rápidos da história.
Perto de sua morte, na cela-ninho construída em cima de uma nogueira a pedido de Santo Antônio, o Menino Jesus lhe apareceu. Por este motivo é ilustrado com o menino Jesus nos braços, e os lírios ao seu lado representando a sua pureza. Foi sepultado em Pádua, onde foi erguida uma basílica que leva seu nome.
Santo Antônio é o padroeiro dos pobres, desamparados, fracos e aflitos, a quem se recorre quando são perdidas as causas ou objetos. As pessoas o invocam pelos mais variados motivos durante todo o ano, mas no mês de junho é comemorada a sua festa, que é muito popular. Na crença do “Bolo de Santo Antônio”, quem encontra uma das medalhinhas ou pequenas imagens do santo colocadas na montagem do bolo aproveita para fazer pedidos e também agradecer ao santo por alguma graça alcançada - tendo neste momento de fé, a certeza de ser afortunado e atendido em seu clamor.
A fama de casamenteiro vem de longe. Conta a história que um tirano teria baixado um decreto segundo o qual as pessoas deveriam ter dotes idênticos para o casamento. Desta forma, os ricos sempre se casariam com os ricos, e os pobres sempre com pobres. Não haveria assim, amores impossíveis, tampouco diferenças de classes. O santo presenteava as moças com os tais dotes idênticos para que pudessem se casar. Um dia, revoltado, Antônio enfrentou o tirano em praça pública, fazendo com que o homem imediatamente revogasse o decreto. Agradecidos, os apaixonados recorrem até hoje ao santo casamenteiro, em busca de um matrimônio agraciado.
Na Paróquia Santo Antônio, em Maringá, o bolo em comemoração ao dia do santo tem 150 metros e leva 10 mil medalhinhas (bentas antes de serem distribuídas) em sua montagem. O processo de confecção do bolo é todo feito por voluntários da Pastoral da Criança, por meio de doações. A festa da paróquia já é tradição, atraindo o público de toda a cidade, da região e até mesmo de outros estados. São 4 dias de festejo em que o santo é louvado nas mais diferentes formas: missas, benção aos enamorados e aos pães, quermesse, show de prêmios, coroação da Rainha da Festa, quadrilha, caminhada, levantamento do estandarte de Santo Antônio, além do tão concorrido bolo (este sempre aos domingos).
Entre os milagres mais difundidos relativos ao santo estão o milagre dos peixes e o dos pães. Hereges dominavam a cidade de Rimini, Itália. Com a chegada do missionário na cidade, o povo proibido de manifestar qualquer alegria com sua presença, mantinha um clima de indiferença com o santo. À beira do mar Adriático, Antônio chamou os peixes, que colocaram as cabeças para fora da água para ouvi-lo. Arrependidos, os homens passaram a ouvir o seu sermão atentamente.
No milagre dos pães, Santo Antônio foi questionado pelo frade padeiro pelo sumiço dos pães do convento - o santo havia distribuído os pães aos pobres. Então, Santo Antônio mandou que conferissem novamente os balaios dos pães, e viu-se que estavam lotados de pães e que não podiam sequer ser fechados. Ficou conhecido este milagre como “o pãozinho de Santo Antônio”, que é distribuído e, se guardado entre os mantimentos, garantirá fartura.
Santo Antônio é tão procurado pelas pessoas que se tornou um dos santos mais populares do mundo. Procuremos fazer com que a nossa fé se fortaleça por seu intermédio, fazendo de seu exemplo e de suas boas ações o nosso verdadeiro sentido da vida na fé, no amor, mediante uma esperança inabalável na Divina Providência – assim como ele o fez.
Padre José Moreira Silveira
Pároco da paróquia Santo Antônio de Pádua em Maringá
Nascido em berço de ouro em 1195, Fernando Martim de Bulhões e Taveira Azevedo era seu nome de batismo. O santo português de nascimento (Lisboa, Portugal) trocou o conforto de uma família de posses e viveu para anunciar a palavra de Deus. Aos 15 anos, entrou para o Mosteiro de São Vicente de Fora dos Agostinianos. Com a chegada das relíquias de cinco mártires franciscanos, o santo - encantado com a simplicidade em que viviam os freis - entrou para a Ordem Franciscana e adotou o nome de Antônio em homenagem a Santo Antão.
Partiu então para o Marrocos, com o objetivo de converter os sarracenos, mas ao aportar no continente africano ficou doente, sendo obrigado a voltar para casa. Por causa de uma forte tempestade, seu barco aportou na Sicília, Itália. Recuperando-se na Itália conheceu São Francisco, em Assis, este que foi seu mestre e grande fonte de inspiração.
Conhecido como um pregador e orador nato, Santo Antônio tinha imenso prazer em dialogar, escutando as pessoas pacientemente e ajudando-as. Possuía zelo e eloquência sem iguais, sendo um fiel imitador de Cristo, na humildade dos costumes e na pregação do evangelho por onde quer que fosse. Era carismático, amante da pobreza e defendia os desfavorecidos. Viajou por toda Itália e fixou-se em Pádua, cidade em que morreu ainda moço, a 13 de junho de 1231. Foi canonizado apenas 11 meses depois de sua morte – o processo de sua canonização é, ainda hoje, um dos mais rápidos da história.
Perto de sua morte, na cela-ninho construída em cima de uma nogueira a pedido de Santo Antônio, o Menino Jesus lhe apareceu. Por este motivo é ilustrado com o menino Jesus nos braços, e os lírios ao seu lado representando a sua pureza. Foi sepultado em Pádua, onde foi erguida uma basílica que leva seu nome.
Santo Antônio é o padroeiro dos pobres, desamparados, fracos e aflitos, a quem se recorre quando são perdidas as causas ou objetos. As pessoas o invocam pelos mais variados motivos durante todo o ano, mas no mês de junho é comemorada a sua festa, que é muito popular. Na crença do “Bolo de Santo Antônio”, quem encontra uma das medalhinhas ou pequenas imagens do santo colocadas na montagem do bolo aproveita para fazer pedidos e também agradecer ao santo por alguma graça alcançada - tendo neste momento de fé, a certeza de ser afortunado e atendido em seu clamor.
A fama de casamenteiro vem de longe. Conta a história que um tirano teria baixado um decreto segundo o qual as pessoas deveriam ter dotes idênticos para o casamento. Desta forma, os ricos sempre se casariam com os ricos, e os pobres sempre com pobres. Não haveria assim, amores impossíveis, tampouco diferenças de classes. O santo presenteava as moças com os tais dotes idênticos para que pudessem se casar. Um dia, revoltado, Antônio enfrentou o tirano em praça pública, fazendo com que o homem imediatamente revogasse o decreto. Agradecidos, os apaixonados recorrem até hoje ao santo casamenteiro, em busca de um matrimônio agraciado.
Na Paróquia Santo Antônio, em Maringá, o bolo em comemoração ao dia do santo tem 150 metros e leva 10 mil medalhinhas (bentas antes de serem distribuídas) em sua montagem. O processo de confecção do bolo é todo feito por voluntários da Pastoral da Criança, por meio de doações. A festa da paróquia já é tradição, atraindo o público de toda a cidade, da região e até mesmo de outros estados. São 4 dias de festejo em que o santo é louvado nas mais diferentes formas: missas, benção aos enamorados e aos pães, quermesse, show de prêmios, coroação da Rainha da Festa, quadrilha, caminhada, levantamento do estandarte de Santo Antônio, além do tão concorrido bolo (este sempre aos domingos).
Entre os milagres mais difundidos relativos ao santo estão o milagre dos peixes e o dos pães. Hereges dominavam a cidade de Rimini, Itália. Com a chegada do missionário na cidade, o povo proibido de manifestar qualquer alegria com sua presença, mantinha um clima de indiferença com o santo. À beira do mar Adriático, Antônio chamou os peixes, que colocaram as cabeças para fora da água para ouvi-lo. Arrependidos, os homens passaram a ouvir o seu sermão atentamente.
No milagre dos pães, Santo Antônio foi questionado pelo frade padeiro pelo sumiço dos pães do convento - o santo havia distribuído os pães aos pobres. Então, Santo Antônio mandou que conferissem novamente os balaios dos pães, e viu-se que estavam lotados de pães e que não podiam sequer ser fechados. Ficou conhecido este milagre como “o pãozinho de Santo Antônio”, que é distribuído e, se guardado entre os mantimentos, garantirá fartura.
Santo Antônio é tão procurado pelas pessoas que se tornou um dos santos mais populares do mundo. Procuremos fazer com que a nossa fé se fortaleça por seu intermédio, fazendo de seu exemplo e de suas boas ações o nosso verdadeiro sentido da vida na fé, no amor, mediante uma esperança inabalável na Divina Providência – assim como ele o fez.
Padre José Moreira Silveira
Pároco da paróquia Santo Antônio de Pádua em Maringá
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