Caça-níqueis viram PCs para entidades
Gina Mardones/Comércio da Franca
Da ilegalidade à caridade. As máquinas caça-níqueis e de vídeo-bingo apreendidas pela polícia em Franca se transformam em computadores para inclusão digital em entidades assistenciais. A “mutação” dos equipamentos vem acontecendo no laboratório de Tecnologia da Informação da Unifran, há cerca de quatro meses.
Desde março, quando o projeto foi colocado em prática, 37 máquinas foram apreendidas e desmontadas, dando origem a 16 computadores. Os equipamentos já beneficiaram sete instituições, entre elas a Sociedade dos Cegos e o Grupo Educacional Veredas.
De acordo com o professor Luiz Carlos Leite Lourenço, coordenador de Tecnologia da Informação da universidade, todas as peças restantes após a adaptação dos equipamentos são destruídas. “Há alguns componentes específicos, mas a mudança maior é na programação. Geralmente o produto final é um computador de tecnologia mediana e que custaria cerca de R$ 800 no mercado”, explicou o professor.
A iniciativa de adaptar as máquinas apreendidas e doá-las partiu do Ministério Público e conta com o apoio da Polícia Civil. De acordo com o promotor de Justiça Joaquim Rodrigues Rezende Neto, depois de apreendidas, elas são encaminhadas para perícia. “O laudo dos peritos indica se o equipamento estaria ou não sendo usado para a prática de jogo de azar. Quando o inquérito policial é concluído, nós o recebemos e pedimos que os materiais sejam remetidos para a Unifran”, declarou o promotor de Justiça.
Antes do projeto entrar em funcionamento, as máquinas eram simplesmente destruídas. Em Franca, a articulação da polícia partiu do delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Adolfo Domingos Silveira. “Há algum tempo tentávamos dar um destino mais útil às máquinas, mas a mão-de-obra (capaz de realizar a adaptação) é especializada e cara. Em média, da apreensão do equipamento até o envio à Unifran, o processo demora 60 dias”, afirmou o delegado.
INCLUSÃO DIGITAL
Sete entidades assistenciais de Franca já receberam os computadores transformados. O Grupo Educacional Veredas foi uma delas. Lá, dois novos aparelhos estão na sala de computação onde 126 pessoas de todas as idades recebem aulas de informática.
“Eles chegaram em boa hora, já que este ano fizemos parceria com uma escola especializada e abrimos turmas para atender crianças com idades a partir de 8 anos. Os pequenos estão maravilhados!”, disse Ilda Xavier Bielle, coordenadora da entidade.
Os aparelhos também chegaram à Sociedade dos cegos. Quatro computadores ainda estão embalados, mas a assistente social da entidade, Vera Lúcia Alves, já sonha com os resultados que trarão aos alunos. “Eles aprenderão a trabalhar com o Vox, programa específico para deficientes visuais onde tudo o que eles navegam no computador é transformado em um sistema de voz. Assim descobrirão o mundo através da internet”, afirmou Vera animada.
Da ilegalidade à caridade. As máquinas caça-níqueis e de vídeo-bingo apreendidas pela polícia em Franca se transformam em computadores para inclusão digital em entidades assistenciais. A “mutação” dos equipamentos vem acontecendo no laboratório de Tecnologia da Informação da Unifran, há cerca de quatro meses.
Desde março, quando o projeto foi colocado em prática, 37 máquinas foram apreendidas e desmontadas, dando origem a 16 computadores. Os equipamentos já beneficiaram sete instituições, entre elas a Sociedade dos Cegos e o Grupo Educacional Veredas.
De acordo com o professor Luiz Carlos Leite Lourenço, coordenador de Tecnologia da Informação da universidade, todas as peças restantes após a adaptação dos equipamentos são destruídas. “Há alguns componentes específicos, mas a mudança maior é na programação. Geralmente o produto final é um computador de tecnologia mediana e que custaria cerca de R$ 800 no mercado”, explicou o professor.
A iniciativa de adaptar as máquinas apreendidas e doá-las partiu do Ministério Público e conta com o apoio da Polícia Civil. De acordo com o promotor de Justiça Joaquim Rodrigues Rezende Neto, depois de apreendidas, elas são encaminhadas para perícia. “O laudo dos peritos indica se o equipamento estaria ou não sendo usado para a prática de jogo de azar. Quando o inquérito policial é concluído, nós o recebemos e pedimos que os materiais sejam remetidos para a Unifran”, declarou o promotor de Justiça.
Antes do projeto entrar em funcionamento, as máquinas eram simplesmente destruídas. Em Franca, a articulação da polícia partiu do delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Adolfo Domingos Silveira. “Há algum tempo tentávamos dar um destino mais útil às máquinas, mas a mão-de-obra (capaz de realizar a adaptação) é especializada e cara. Em média, da apreensão do equipamento até o envio à Unifran, o processo demora 60 dias”, afirmou o delegado.
INCLUSÃO DIGITAL
Sete entidades assistenciais de Franca já receberam os computadores transformados. O Grupo Educacional Veredas foi uma delas. Lá, dois novos aparelhos estão na sala de computação onde 126 pessoas de todas as idades recebem aulas de informática.
“Eles chegaram em boa hora, já que este ano fizemos parceria com uma escola especializada e abrimos turmas para atender crianças com idades a partir de 8 anos. Os pequenos estão maravilhados!”, disse Ilda Xavier Bielle, coordenadora da entidade.
Os aparelhos também chegaram à Sociedade dos cegos. Quatro computadores ainda estão embalados, mas a assistente social da entidade, Vera Lúcia Alves, já sonha com os resultados que trarão aos alunos. “Eles aprenderão a trabalhar com o Vox, programa específico para deficientes visuais onde tudo o que eles navegam no computador é transformado em um sistema de voz. Assim descobrirão o mundo através da internet”, afirmou Vera animada.
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