Uma ameaça ao produtor rural
Motivado pelas reivindicações do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), o Governo Federal prometeu atualizar em 15 dias os índices agropecuários usados para medir a produtividade de propriedades rurais passíveis de desapropriação para a reforma agrária. Na prática, caso esses números sejam mesmo atualizados, mais uma vez o produtor rural será penalizado e poderá ter o seu imóvel desapropriado.
A medida é criticada por entidades e parlamentares ruralistas e também vista pela Sociedade Rural de Maringá (SRM) como não sendo o momento ideal para ser aplicada. Entendemos a realidade do produtor, que está descapitalizado e, diante de uma crise econômica mundial, vive hoje momentos de tensão. Ele planta, produz e no entanto, não tem garantias governamentais da comercialização de seu produto final.
É claro que a revisão dos índices se faz necessária - já que a atual é baseada no censo agropecuário de 1975, e é considerada defasada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. O que não pode acontecer é tal medida atingir diretamente os produtores, ameaçando então o futuro do agronegócio. Fixar os índices de produção sem considerar as adversidades climáticas, condições de mercado e o fato de que o agricultor deve ainda cumprir sob pressão a legislação ambiental, é o mesmo que desconsiderar a importância econômica de um segmento que produz, gera dividendo e alimenta o país.
Caso sejam publicados os novos índices, a questão cria um impasse no campo e a postura do governo torna-se uma ameaça aos produtores. Sem contar que retirar parte da área produtiva de um agricultor seria o mesmo que reduzir sua produtividade, assim como desestruturar a base da sustentabilidade da balança econômica brasileira. A resposta às reivindicações também só demonstra a força que exerce o MST, que com marchas, invasões e muita pressão, sensibilizou todo um governo.
Já que em duas semanas o impasse dos índices estará resolvido, resta esperar pelos próximos capítulos desta ‘novela’, que para os produtores rurais talvez não tenha um ‘desfecho feliz’. Enquanto entidade responsável pela defesa do agronegócio regional, a SRM expressa seu total apoio aos produtores, e espera uma decisão sensata de quem ainda pode salvar o cenário agropecuário brasileiro deste retrocesso.
Maria Iraclézia de Araújo - Presidente SRM
A medida é criticada por entidades e parlamentares ruralistas e também vista pela Sociedade Rural de Maringá (SRM) como não sendo o momento ideal para ser aplicada. Entendemos a realidade do produtor, que está descapitalizado e, diante de uma crise econômica mundial, vive hoje momentos de tensão. Ele planta, produz e no entanto, não tem garantias governamentais da comercialização de seu produto final.
É claro que a revisão dos índices se faz necessária - já que a atual é baseada no censo agropecuário de 1975, e é considerada defasada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. O que não pode acontecer é tal medida atingir diretamente os produtores, ameaçando então o futuro do agronegócio. Fixar os índices de produção sem considerar as adversidades climáticas, condições de mercado e o fato de que o agricultor deve ainda cumprir sob pressão a legislação ambiental, é o mesmo que desconsiderar a importância econômica de um segmento que produz, gera dividendo e alimenta o país.
Caso sejam publicados os novos índices, a questão cria um impasse no campo e a postura do governo torna-se uma ameaça aos produtores. Sem contar que retirar parte da área produtiva de um agricultor seria o mesmo que reduzir sua produtividade, assim como desestruturar a base da sustentabilidade da balança econômica brasileira. A resposta às reivindicações também só demonstra a força que exerce o MST, que com marchas, invasões e muita pressão, sensibilizou todo um governo.
Já que em duas semanas o impasse dos índices estará resolvido, resta esperar pelos próximos capítulos desta ‘novela’, que para os produtores rurais talvez não tenha um ‘desfecho feliz’. Enquanto entidade responsável pela defesa do agronegócio regional, a SRM expressa seu total apoio aos produtores, e espera uma decisão sensata de quem ainda pode salvar o cenário agropecuário brasileiro deste retrocesso.
Maria Iraclézia de Araújo - Presidente SRM
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